Jair Bolsonaro minimizou nesta quinta-feira (18) um relatório da Polícia Federal onde se conclui que o presidente cometeu crimes ao associar a vacinação contra a Covid a um suposto aumento de casos de HIV, o que seria falso. O relatório foi encaminhado nesta quarta-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF), com o pedido de autorização para indiciar Bolsonaro pela fala.

Questionado sobre o tema durante agenda em São José dos Campos, interior de São Paulo, o presidente desconversou sobre a questão. “O relatório da Polícia Federal foi em cima da defesa da Advocacia-Geral da União. Mais nada além”, disse.

O parecer da PF, no entanto, diz que o presidente deliberadamente manipulou, com a ajuda de sua equipe, uma pesquisa científica sobre a eficiência da vacina contra Covid. A publicação original em nenhum momento ligou a incidência de aumento de casos de HIV à vacinação, como indicou Bolsonaro em uma live em outubro do ano passado.

Há um inquérito aberto na Suprema Corte e que investiga se a fala do presidente foi criminosa. O relator é Alexandre de Moraes.

Bolsonaro está na cidade para agendas de campanha conjunta com Tarcísio Gomes de Freitas, o seu candidato ao governo de São Paulo. O ex-ministro da Infraestrutura é filiado ao Republicanos, e deve lançar sua candidatura oficialmente nesta quinta-feira à tarde, com a presença do ex-chefe.