Crusoé: a república dos generais
Cidadão de um país em que os militares são totalmente subordinados às autoridades civis, a Alemanha, o especialista em estudos de segurança Christoph Harig (foto) é fascinado pelo papel que os militares exercem na sociedade e na política brasileiras, diz a Crusoé...
Cidadão de um país em que os militares são totalmente subordinados às autoridades civis, a Alemanha, o especialista em estudos de segurança Christoph Harig (foto) é fascinado pelo papel que os militares exercem na sociedade e na política brasileiras, diz a Crusoé.
Para aprofundar-se em seus estudos, ele aprendeu português. Em 2017, sua tese de doutorado no King’s College, em Londres, foi sobre a conexão entre as missões de paz na ONU e as operações militares internas no Brasil.
Para Harig, os generais brasileiros terão dias tranquilos a partir do ano que vem, independente do resultado da eleição. Com Lula ou com Bolsonaro, ele acredita que a caserna conseguirá extrair novas vantagens. Em entrevista à Crusoé, ele afirmou:
“As instituições democráticas e grande parte da sociedade não querem ou não se atrevem a confrontar as Forças Armadas. […] Os militares seguem tutelando a democracia brasileira. Eles possuem um poder estrutural que lhes garante impunidade e restringe a livre competição política. […] Não será possível reduzir o poder dos militares sem um esforço da sociedade e dos políticos brasileiros.”
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