Violência política no Brasil cresceu 32% na primeira metade de 2022, diz UFRJ
O assassinato de um tesoureiro do PT (foto), em Foz do Iguaçu no final de semana, por um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro motivado por desavenças ideológicas não é um caso isolado. No primeiro semestre deste ano eleitoral, o número de casos...
O assassinato de um tesoureiro do PT (foto), em Foz do Iguaçu no final de semana, por um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro motivado por desavenças ideológicas não é um caso isolado. No primeiro semestre deste ano eleitoral, o número de casos de violência política no Brasil cresceu em 32%.
Divulgados nesta segunda-feira (11), os dados são do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
O conceito de violência política é definido pelo observatório como, nas palavras do seu coordenador, o professor Felipe Borba, “qualquer tipo de agressão que tenha o objetivo de interferir na ação direta das lideranças políticas”.
O Brasil registrou 214 casos de violência política, com 40 pessoas assassinadas, entre janeiro e junho deste ano.
No mesmo período em 2020, último ano eleitoral, havia apenas 161 episódios reportados.
O perfil mais atingido são homens entre 40 e 49 anos – Marcelo Arruda, o tesoureiro do PT assassinado neste final de semana, foi morto enquanto celebrava seu aniversário de 50 anos.
Militantes do PSD, sigla do Centrão, foram os que mais registraram casos de violência, com 19. Em seguida, vêm membros do Republicanos, com 18, e do PT e PL, com 17 cada.
Maior colégio eleitoral do país, São Paulo é o estado com mais casos de violência política. Foram 28 contabilizados. O único estado sem nenhuma ocorrência oficial é o Amapá.
Nos últimos três meses, o Paraná, onde ocorreu o assassinato deste final de semana, havia registrado quatro homicídios por motivação política.
Isso equivale a 21% do total registrado no Brasil no período, apesar de o estado representar menos de 5,5% da população do país.
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