Delatora do Facebook Papers diz que Brasil não é prioridade da rede no combate a fake news
Cientista de dados e ex-gerente do Facebook que veio a público no final do ano passado denunciar a rede social por problemas de conflito de interesses, Frances Haugen (foto) afirmou que o Brasil não é prioridade...
Cientista de dados e ex-gerente do Facebook que veio a público no final do ano passado denunciar a rede social por problemas de conflito de interesses, Frances Haugen (foto) afirmou que o Brasil não é prioridade da rede social no combate às fake news, apesar das eleições neste ano.
“Eu garanto que há muito menos proteção no Brasil contra tentativas de interferir nas eleições do que nos Estados Unidos”, disse Haugen em entrevista à Folha publicada no domingo (3).
Ela ainda comentou sobre a ineficiência de um mecanismo de checagem do Facebook especial para as eleições deste ano no Brasil.
Anunciado em outubro do ano passado, esse mecanismo adiciona rotula conteúdos definidos como fake news eleitoral e adiciona a esses links para artigos explicativos no site do TSE.
“Na melhor das hipóteses, o Facebook consegue detectar 20% do conteúdo desinformativo, mas, pensando de forma realista, eles devem estar rotulando no máximo 5%“, estimou.
Segundo Haugen, a rede social não se preocupa tanto com a moderação no Brasil, pois não considera haver risco de ser punida por essa falta de investimento.
“Eles [direção do Facebook] só se preocupam com moderação de conteúdo em países onde correm o risco de serem alvo de regulação, como os Estados Unidos”, concluiu.
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