“Lula e Bolsonaro têm a mesma visão ultrapassada”, diz Maílson da Nóbrega
O economista Maílson da Nóbrega (foto) trabalhava no Ministério da Fazenda durante o governo de João Figueiredo, quando surgiu o primeiro programa de privatização, lembra a Crusoé...
O economista Maílson da Nóbrega (foto) trabalhava no Ministério da Fazenda durante o governo de João Figueiredo, quando surgiu o primeiro programa de privatização, lembra a Crusoé. Depois, como ministro de José Sarney, acompanhou as discussões sobre a desestatização de empresas de metais e de celulose. Outros processos semelhantes se seguiram nos governos de Fernando Collor e FHC.
O tema voltou à baila nos últimos dias com o anúncio do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, de que está estudando a privatização da Petrobras e da Pré-sal Petróleo SA, PPSA. Bolsonaro apoia a ideia, mas paradoxalmente condena os “lucros excessivos” da petrolífera e pede que ela cumpra uma função social. Em paralelo, o pré-candidato Lula tem feito discursos prometendo “recuperar” a empresa e “colocá-la a serviço do povo brasileiro, não de acionistas estrangeiros”.
Hoje sócio da Tendências Consultoria Integrada, Maílson vê uma semelhança entre os dois discursos e ainda coloca Ciro Gomes no mesmo barco.
“Lula e Bolsonaro refletem uma mesma visão ultrapassada. Ciro Gomes vai na mesma linha, pois prometeu recomprar as ações e torná-la uma empresa fechada. Em comum, todos eles nutrem o desejo de controlar a Petrobras, de intervir no sistema de preços e de usá-la para fins não republicanos. Político brasileiro adora um orçamento paralelo. Essa resistência das ideias estatistas e intervencionistas é um dos principais motivos de o Brasil ainda ser um país pobre, pois as estatais geram má alocação de recursos, ineficiência e desperdícios.”
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