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Economia

O varejo que dá certo no Brasil

Com a temporada de resultados em curso, preparamos para você um compilado das empresas que atuam no setor de varejo aqui no Brasil e, que apesar de todas as dificuldades impostas pelo nosso país, conseguem apresentar bons resultados. Confira quem são elas...

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O varejo que dá certo no Brasil
Divulgação/Carrefour

Com a temporada de resultados em curso, preparamos para você um compilado das empresas que atuam no setor de varejo aqui no Brasil e, que apesar de todas as dificuldades impostas pelo nosso país, conseguem apresentar bons resultados. Confira quem são elas logo abaixo.

Assaí Atacadista (ASAI3)

Com uma renda mais apertada, a população vem mudando o seu padrão de consumo do antigo modelo de hipermercados para os chamados atacarejos, que são mercados com menos itens, porém com preço menor, o que acaba sendo mais atrativo para o consumidor neste momento de aperto. Diante disso, o Assaí Atacadista se beneficia do cenário de inflação em alta.

Hoje (10), a companhia divulgou seus resultados, com um crescimento de receita de 21% na comparação anual, atingindo 11,5 bilhões de reais em receitas no primeiro trimestre de 2022. Já a geração de caixa operacional foi de 752 milhões de reais, 17% acima da do primeiro trimestre de 2021.

O destaque negativo do 1T22 ficou por conta do resultado financeiro. Com a alta da taxa básica de juros de 2%, para 12,75%, a empresa teve um resultado financeiro negativo de 302 milhões de reais, 125% acima dos 125 milhões de reais negativos apresentados no 1T21. Com isso, a companhia liderada pelo grupo francês Casino teve um lucro líquido de 215 milhões de reais, 10% abaixo do mesmo período do ano anterior.

Carrefour (CRFB3)

Outra companhia de varejo alimentício que vem se destacando é o Carrefour (foto), que conta com o Atacadão como principal marca de seu portfólio e que, assim como o Assaí, segue um modelo de atacarejo. Na divulgação dos resultados, o Carrefour atingiu um crescimento de vendas de 14,5%, na comparação ano contra ano, e uma receita de 20,8 bilhões de reais.

Já a geração de caixa operacional registrou 1,25 bilhão de reais, 13,3% superior ao mesmo período do ano anterior. As despesas financeiras também pesaram nos números do Carrefour, com um crescimento de 125%, totalizando 330 milhões de reais. Assim, a empresa atingiu um lucro de 406 milhões de reais, próximo do resultado do ano anterior \, se desconsiderarmos os não recorrentes da linha de outras receitas.

Uma informação relevante é que, agora em maio de 2022, o Carrefour irá incorporar as lojas do Grupo BIG (antigo Walmart Brasil). A empresa foi adquirida por 7,5 bilhões de reais e conta com 388 lojas, divididas nas seguintes marcas: BIG, com 107 lojas, Maxxi Atacado, com 49 lojas, Sam’s Club, com 35 lojas, e Bom Preço, com 196 lojas. Com a aquisição, o Carrefour espera aumentar as suas receitas em 25%.

E o varejo ‘não-supermercadista’?

Dentre os varejistas bem-sucedidos no Brasil, também existe outro grupo que não é focado no varejo alimentar, mas sim em produtos cuja necessidade poderia ser postergada, uma vez que a renda do brasileiro está reduzida por causa do processo inflacionário nos últimos dois anos. Estamos falando de empresas mais focadas na classe média e classe média alta. Nesse grupo, destacamos as três empresas abaixo:

Arezzo (ARZZ3)

A Arezzo comercializa sapatos, bolsas e acessórios para o público de classe média alta e vem conseguindo alinhar crescimento e manutenção de suas margens, mesmo com as pressões inflacionárias enfrentadas por todas as companhias do setor.

A companhia controlada por Alexandre Birman apresentou um ótimo resultado no primeiro trimestre de 2022, reportando um incremento de 68% em sua receita líquida.

Além disso, a empresa viu seu lucro líquido mais que triplicar. Com isso, o resultado foi de 30 milhões de reais, no 1T21, para 97 milhões de reais neste trimestre. A Arezzo segue crescendo em ritmo acelerado: abriu mais 42 lojas e dobrou suas vendas no mercado externo, que hoje representam 12% de sua receita.

A companhia conseguiu melhorar suas margens de maneira importante. A margem bruta da companhia, por exemplo, que havia sido de 50%, no 1T21, foi para 53,5% neste trimestre. Isso mostra, mais uma vez, a capacidade da companhia de repassar preços e manter a eficiência na contenção de custos e despesas.

Vivara (VIVA3)

A Vivara é a maior rede de joalherias da América Latina. A companhia cria e comercializa produtos com foco no Brasil, realizando vendas off-line por meio de 288 pontos de venda, além de atuar no segmento on-line com seu próprio site. Com 60 anos de atuação, a empresa desenvolve uma série de marcas próprias, como a Life by Vivara, Vivara Watches, Vivara Fragrances e Vivara Accessories. Os produtos de joias de ouro representam 54% do faturamento, seguido por joias de prata com 30% do faturamento e relógios com 13% das receitas.

Ontem, a companhia divulgou o resultado do primeiro trimestre de 2022, com um crescimento de suas receitas de 50% na comparação com o 1T21, fazendo 411 milhões no período. Já a geração de caixa operacional foi de 51 milhões de reais, 386% acima do mesmo período do ano anterior, algo impressionante! Por fim, o lucro líquido da Vivara atingiu 46 milhões de reais, muito superior aos 4 milhões do primeiro trimestre de 2021. Um belo resultado para a companhia focada no luxo.

Grupo SBF/Centauro (SBFG3)

Uma empresa que ainda não apresentou o resultado do primeiro trimestre de 2021, mas também entra nas empresas de varejo que vêm dando certo no Brasil é a companhia de artigos esportivos Centauro, do Grupo SBF.

Desde 2020, ela é a operadora das lojas físicas da Nike no Brasil. Dessa forma, é a única empresa que pode abrir e operar lojas da marca norte-americana em nosso país.

Com 324 lojas no encerramento de 2021, 19% a mais do que as 272 lojas de 2020, a empresa apresentou bons números no fechamento anual de 2021, com uma receita líquida de 5,1 bilhões de reais, 86% superior à de 2020, e uma geração de caixa operacional de 704 milhões para 2021, 375% acima do que no ano anterior.

Dessa forma, a empresa conseguiu reverter o prejuízo de 132 milhões de reais, em 2020, para um lucro de 498 milhões de reais em 2021. Uma recuperação muito forte.

Conclusão

Como sabemos, o varejo é um segmento muito difícil de operar porque possui margens baixas e muito giro de produtos, o que levou muitas empresas do setor à falência. No entanto, existem aquelas que conseguem superar essas barreiras e se tornam um bom investimento para seus acionistas, como é o caso das companhias citadas.

João Abdouni, analista CNPI na Inv Publicações

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