“Anitta com ricotta”
Reproduzo um trecho de minha coluna na Crusoé. Anitta disse no Twitter: “Tive um pesadelo do nada aqui e acordei. Queria pedir algo aos meus seguidores que eu estou fazendo agorinha. A guerra ainda não acabou...
Reproduzo um trecho de minha coluna na Crusoé.
Anitta disse no Twitter:
“Tive um pesadelo do nada aqui e acordei. Queria pedir algo aos meus seguidores que eu estou fazendo agorinha. A guerra ainda não acabou. Só a mídia que não tá rendendo mais tantos clics então não estão mais falando tannnnto sobre isso como antes. Mas devemos continuar rezando. O poder da oração e de enviar pensamentos e pedidos positivos ao universo é maior do que muitos imaginam.”
É claro que ela não se dirigia a mim, porque não sou seu seguidor. Além disso, sou uma besta blasfema e nunca rezei: meu único pedido positivo é que americanos e ingleses continuem a enviar bazucas, tanques, helicópteros e outros armamentos para os ucranianos – o poder de um míssil Brimstone é maior do que muitos imaginam.
Mas Anitta tem razão sobre os clics. Os brasileiros, notórios por sua incapacidade galinácea de se concentrar num assunto por mais de seis minutos, já viraram a página sobre a guerra, e a imprensa brasileira, que é feita por galináceos, parou de cacarejar a respeito dela.
Eu, por outro lado, moro praticamente na periferia de Kiev, e talvez por isso fale tannnnto sobre a guerra. Ou sóóóó sobre a guerra. Ao contrário de Anitta, que teve um pesadelo e acordou pensando em Bucha, eu virei um pesadelo para meus familiares e amigos, porque falo o tempo inteiro sobre Bucha. Rendo poucos clics na hora do jantar, misturando ricotta com estupros e tiros na nuca, mas esse é o cardápio da casa Mainardi.
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