Como de costume, tem surgido um monte de ideias de CPIs no Congresso em ano de eleição.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ainda tenta colher assinaturas para protocolar uma CPI para investigar possíveis irregularidades no Ministério da Educação. Na Câmara, o deputado Professor Israel Batista (PV-DF) também chegou a reunir apoios com o mesmo objetivo.

Já o senador governista Carlos Portinho (PL-RJ), para se contrapor a esse movimento da oposição, propôs uma CPI para investigar obras inacabadas na área da educação durante os governos do PT.

Também no Senado, Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou já ter conseguido apoio suficiente para instalar uma CPI com o objetivo de investigar o crime organizado em todo o país.

Na Câmara, onde já existem 13 pedidos de CPI aguardando deliberação de Arthur Lira (PP-AL), apareceu outra ideia nesta semana: o deputado maranhense Bira do Pindaré, atual líder do PSB, está em busca de apoios para protocolar uma CPI para apurar a compra de comprimidos de Viagra pelo Ministério da Defesa.

Ontem à noite, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que não acusaria grupo algum de parlamentares, mas criticou o possível uso eleitoral de uma CPI.

“Tenhamos prudência e muita cautela, para que tenhamos uma legitimidade do processo eleitoral, dentro do campo das propostas. (…) O Senado tem esse papel a cumprir em problemas que são muito concretos. Temos que apartar a discussão eleitoral da pauta política.”