Esqueçam o que fiz e falei
A campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (foto) vai tentar reescrever a história e fazer com que o eleitor apague da memória o descalabro do atual governo, diz a Crusoé. "Num esforço para reduzir os altos índices de rejeição, a campanha de Bolsonaro à reeleição entabulou uma estratégia que é velha conhecida...
A campanha eleitoral de Jair Bolsonaro (foto) vai tentar reescrever a história e fazer com que o eleitor apague da memória o descalabro do atual governo, diz a Crusoé.
“Num esforço para reduzir os altos índices de rejeição, a campanha de Bolsonaro à reeleição entabulou uma estratégia que é velha conhecida. Apostando na memória curta do eleitor médio, Bolsonaro e seu entorno tentam reescrever a história. A ideia é não apenas passar uma borracha sobre as práticas condenadas pela população nos últimos anos, como, se for preciso, desdizer ou distorcer o que foi dito, com o objetivo, principalmente, de recuperar o eleitor de 2018 que se decepcionou com o presidente e passou a admitir votar em outro candidato.
A nova narrativa, ao menos por ora, está afinada entre Bolsonaro, seus ministros e aliados, seja em entrevistas, declarações ou em discursos proferidos em palanques pelo Brasil afora. Por exemplo, é mais do que sabido e está fartamente documentado que o presidente estimulou aglomerações, investiu contra o distanciamento social, desestimulou o uso de máscaras, virou garoto-propaganda de remédios ineficazes e atrasou a compra de vacinas porque apostava todas as fichas na propagação do vírus de maneira se chegar à chamada ‘imunidade de rebanho’.
Tentando dourar a pílula, porém, a campanha bolsonarista passou a disseminar a tese de que o atual governo foi o grande responsável por proteger a população do vírus, ao ter adquirido mais de 500 milhões de doses de vacinas.”
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