A frustração dos senadores do Podemos com Sergio Moro
A decisão de Sergio Moro de trocar o Podemos pela União Brasil, concretizada ontem, causou mal-estar na bancada do Senado do agora seu ex-partido. O Antagonista noticiou as reações de algum deles: Jorge Kajuru, Styvenson Valentim e Eduardo Girão. Mas, nos bastidores, a frustração é ainda mais forte. E não apenas pelo fato de, segundo eles, não terem sido comunicados da decisão previamente...
A decisão de Sergio Moro de trocar o Podemos pela União Brasil, concretizada ontem, causou mal-estar na bancada do Senado do agora seu ex-partido.
O Antagonista noticiou as reações de algum deles: Jorge Kajuru, Styvenson Valentim e Eduardo Girão. Mas, nos bastidores, a frustração é ainda mais forte. E não apenas pelo fato de, segundo eles, não terem sido comunicados da decisão previamente.
Moro se filiou ao Podemos e entrou para a vida partidária em uma grande festa, em Brasília, em 10 de novembro do ano passado. Na comparação com os deputados do partido, que sempre priorizaram o fundo partidário na queda de braço com o presidenciável, os senadores se mostravam, pelo menos aparentemente, mais animados com a candidatura do ex-juiz, suspensa pelo próprio também ontem.
Desde o início do ano, quando a investida da União Brasil se intensificou, senadores diziam não considerar uma boa ideia a ida de Moro para a nova sigla, como noticiamos. Parte do grupo alega decepção porque a aposta era a de que o ex-juiz pudesse se apresentar justamente como um candidato “sem estrutura partidária”, “distante dos partidos e próximo da sociedade”. Para esses senadores, o ativo de Moro não seria dinheiro para campanha ou tempo de TV, mas, sim, a sua história e o que ele tinha para oferecer ao país.
A situação hoje é bem diferente da de 2018, quando Jair Bolsonaro, em um partido nanico, o então PSL, chegou a poder. Mas senadores do Podemos tinham a esperança de que Moro pudesse trilhar caminho parecido, conquistando votos e atraindo apoios políticos como consequência.
Por outro lado, como também noticiamos, Moro deixou o Podemos porque foi boicotado pela direção do partido e constatou que não tinha a estrutura e o apoio necessários para seguir na pré-campanha.
Leia em “Moro foi traído uma vez e sabe que poderá ser traído de novo”.
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