O que Sergio Moro tem escutado O que Sergio Moro tem escutado
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O que Sergio Moro tem escutado

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Diego Amorim
3 minutos de leitura 17.02.2022 10:55 comentários
Brasil

O que Sergio Moro tem escutado

Sergio Moro (foto) tem feito voo solo com o Podemos, partido ao qual se filiou em novembro do ano passado, mas mantém conversas reservadas com lideranças do chamado "centro democrático" -- não necessariamente com dirigentes ou pré-candidatos dos partidos desse campo político. Em quase todas elas, o ex-juiz da Lava Jato pede discrição, para evitar ruídos...

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Diego Amorim
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O que Sergio Moro tem escutado
Foto: Daniel Medeiros/O Antagonista

Sergio Moro (foto) tem feito voo solo com o Podemos, partido ao qual se filiou em novembro do ano passado, mas mantém conversas reservadas com lideranças do chamado “centro democrático” — não necessariamente com dirigentes ou pré-candidatos dos partidos desse campo político.

Em quase todas elas, o ex-juiz da Lava Jato pede discrição, para evitar ruídos.

Moro tem escutado que, apesar das divergências e das dificuldades para formar alianças, ele precisa ter em mente o que já se sabe: a tal Terceira Via fragmentada não vai a lugar algum (vale para todos os outros presidenciáveis do centro, claro). O difícil, desde o início de todo este processo, tem sido identificar quem, de fato, quer encontrar uma alternativa para a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro.

Depois que a União Brasil, legenda resultante da fusão entre PSL e DEM, deixou de negociar com o Podemos e está quase fechada com o MDB (com ou sem federação), Moro foi avisado de que, sozinho, ele terá de chegar logo a 15% das intenções de voto nas pesquisas, para que possa ter a chance de voltar a negociar institucionalmente com outras siglas.

Moro também ouviu que o ideal, se a intenção for ampliar sua turma na política, seria passar a se apresentar como uma opção do chamado “centro democrático”. Na avaliação de lideranças desse grupo político, colocar-se como um candidato independente e outsider é um dos fatores que pode causar a impressão de que Moro é uma espécie de plano B do bolsonarismo.

O pré-candidato do Podemos escutou ainda que, realmente, teria de se esforçar mais para ampliar sua agenda. “Um povo com fome e sem emprego não quer saber muito de combate à corrupção”, já ouviu Moro de políticos mais experientes — estes entendem que boa parte do eleitorado não consegue perceber facilmente as consequências da corrupção na vida prática.

Nesses encontros informais com lideranças políticas, Moro tem ouvido, inclusive, a sugestão de não descartar alternativas até outubro (candidatar-se a outro cargo, por exemplo, o que ele refuta por enquanto), caso sua pré-candidatura presidencial não deslanche nas próximas semanas ou nos próximos meses.

O ex-juiz, novato no xadrez político, anda sendo lembrado de que ele próprio também prometeu se unir em torno do projeto mais viável — hoje, esse projeto continua sendo o dele próprio e o acordo feito no ano passado está sendo rasgado. Moro foi alertado do fato de que “o jogo não terminará com a eleição deste ano” e, caso ele queira continuar na vida político-partidária, terá de planejar em que posição estará em 2023, no Planalto ou fora dele.

Leia também, no Despertador do Diogo: A campanha de Moro engrena e Só Moro tem votos.

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Diego Amorim

Se formou em jornalismo pela UnB. Trabalhou no Blog do Noblat e no Correio Braziliense. Gosta da notícia e dos bastidores dela em qualquer área. Entre outros prêmios, ganhou duas vezes o Esso de Informação Econômica e duas vezes o Embratel. Está em O Antagonista desde abril de 2016, quando se juntou à equipe para a cobertura do impeachment de Dilma Rousseff. Desde então, não tem dado sossego a políticos de todos os partidos em Brasília. É chefe de redação de O Antagonista em Brasília.

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