Vale repetir o que disse o magistrado italiano Piercamilo Davigo, no mês passado, quando esteve no Brasil, a respeito do terrorista Cesare Battisti:

“Cesare Battisti foi condenado de forma inapelável na Itália, ou seja, sentença transitado em julgado. Perdeu seu recurso até mesmo na Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo. Para a Itália, é inconcebível que ele seja considerado um refugiado.”

Cabe acrescentar que Battisti também perdeu um recurso em última instância também na França,   para onde fugiu antes de vir para cá.

Ou seja, o STF, se mantiver o terrorista no Brasil, endossando a atitude irresponsável de Lula, se colocará como tribunal revisor da Suprema Corte italiana, da Suprema Corte francesa e da Corte Europeia dos Direitos Humanos. Isso não é ato de soberania. É colocar-se em posição marginal no concerto das nações democráticas.

Por último: Piercamilo Davigo não é apenas uma magistrado que trabalhou na Operação Mãos Limpas. Ele é o presidente da seção criminal da Corte de Cassação da Itália, a Suprema Corte do país.