Em artigo publicado há pouco na Folha de S. Paulo, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (foto), disse que apoiou o PT no passado por “achar correto”, mas acusou o partido de ignorar seus principais aliados políticos quando comandou o país nas gestões Lula e Dilma.

Além disso, o hoje defensor de primeira ordem de Jair Bolsonaro declarou que “o futuro com o PT pode ser assustador”.

“O desastre econômico de 2015 e 2016 não pode ser retirado da história do partido. E, ao tentar impor o discurso do medo, o PT tenta colocar uma venda nos olhos para que ninguém olhe o PT. E o leitor irá perguntar: e os que apoiaram o PT? Apoiamos o que achávamos correto e, não fôssemos nós, muitas coisas que a legenda diz que fez sozinha na verdade não teriam acontecido. Aconteceram porque apoiamos, frise-se”, declarou Nogueira.

Como mostramos, em 2017, esse mesmo Ciro Nogueira chamou Bolsonaro de “fascista” e disse que Lula foi “o melhor presidente da história deste país”.

“E o que aconteceu de errado? Bem, alguém imagina que o PT compartilhou ou compartilha seu núcleo duro de decisões? Quantas vezes, de forma leal, foi alertado a mudar de curso pelos seus aliados? Quantas vezes ignorou? Deu no que deu. E não venham falar de contradições em mudanças de posição”, reafirmou hoje o ministro.

“O PT e seu histórico de aparelhamento, suas contradições, seus erros, suas máculas também estarão no centro da discussão. Queira ou não. O partido fala de um futuro imaginário assustador para distrair a plateia. Não nos engana”, acrescentou Nogueira.

“O futuro com o PT pode ser assustador, sim. Mas o passado já é suficiente para causar espanto. E não é com prestidigitações retóricas que irá se esconder e esconder o que fez nos verões passados”, disse.