Ministro diz que debandada no Inep ocorreu por divergências sobre gratificação
O ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), voltou a negar interferência do governo Bolsonaro na elaboração do Enem e disse que os recentes pedidos de demissão de servidores do Inep...
O ministro da Educação, Milton Ribeiro (foto), voltou a negar interferência do governo Bolsonaro na elaboração do Enem e disse que os recentes pedidos de demissão de servidores do Inep ocorreram por divergências relacionadas ao pagamento de gratificações. As declarações foram dadas hoje em entrevista coletiva em Brasília.
“O que acontece é o seguinte: entra um grupo, que é um grupo de funcionários dentre um colegiado, que é um colegiado de bons funcionários públicos do Inep, e que tiveram lá uma discussão a respeito de uma gratificação a mais. Essa é a questão. Isso é um assunto que é administrativo. Não tem nada a ver com prova de Enem. […] Zero de interferência. Essas provas já estão impressas há meses”, disse Milton Ribeiro após uma reunião com o ministro da Justiça, Anderson Torres, para tratar da segurança do exame.
Na semana passada, ao menos 37 funcionários do Inep abandonaram seus cargos. Eles alegaram a existência de uma “pressão insuportável” na elaboração da prova e denunciaram uma possível tentativa de interferência no conteúdo das questões.
O presidente da Associação dos Servidores do Inep (Assinep), Alexandre Retamal, contestou a afirmação do ministro da Educação e negou que os servidores tenham tomado essa atitude de pedir demissão dos cargos por “interesse financeiro”. Segundo ele, a decisão foi tomada porque há um clima de “desconfiança, insegurança e de insatisfação” no instituto.
Mais cedo, em entrevista à CNN, o titular do MEC minimizou a declaração de Jair Bolsonaro de que o ENEM está começando a ganhar “a cara do governo”. Ribeiro disse que o presidente nunca lhe pediu nada.
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