Em ata, Copom confirma próximo aumento da Selic
Como O Antagonista publicou na semana passada, a Selic deve chegar a 7,25% na próxima reunião do Conselho de Política Monetária do Banco Central, após o aumento para 6,25%. O novo aumento foi registrado em ata publicada há pouco no site da instituição...
Como O Antagonista publicou na semana passada, a Selic deve chegar a 7,25% na próxima reunião do Conselho de Política Monetária do Banco Central, após o aumento para 6,25%. O novo aumento foi registrado em ata publicada há pouco no site da instituição.
“O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, diz o documento.
Segundo o Copom, a alta nos preços dos bens industriais – decorrente de repasses de custos, das restrições de oferta e do redirecionamento da demanda em direção a bens – ainda não arrefeceu e deve persistir no curto prazo.
“Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis.”
Com relação ao ambiente internacional, a ata do Copom fala em dois fatores adicionais de risco para o crescimento das economias emergentes.
“Primeiro, reduções nas projeções de crescimento das economias asiáticas, refletindo a evolução da variante Delta da Covid-19. Segundo, o aperto das condições monetárias em diversas economias emergentes, em reação a surpresas inflacionárias recentes.”
O Banco Central passou a estimar uma inflação de 3,7% em 2022, acima da meta de 3,5% para o ano. A projeção para 2021 também foi revisada. Em agosto, a estimativa era que a inflação chegasse a 6,5% no final do ano. Hoje, a previsão é de 8,5%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, acumula alta de 10,05%, segundo o IBGE.
A expectativa do conselho é de que o crescimento da economia em 2022 seja beneficiado por três fatores: a continuação da recuperação do mercado de trabalho e do setor de serviços, mesmo que em menor intensidade; o desempenho de setores menos ligados ao ciclo de negócios, como agropecuária e indústria extrativa, e resquícios do processo de normalização da economia conforme a crise sanitária arrefece.
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