O que os senadores do Podemos dizem sobre não apoiar impeachment de Bolsonaro
Ontem, como noticiamos, o Podemos confirmou a informação antecipada por O Antagonista de que o partido não vai apoiar eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro. O site procurou todos os senadores da legenda para ouvir a opinião individual de cada um deles. Ainda aguardamos retorno (ou não conseguimos contato) de Alvaro Dias, Reguffe, Flávio Arns e Marcos do Val...
Ontem, como noticiamos, o Podemos confirmou a informação antecipada por O Antagonista de que o partido não vai apoiar eventual processo de impeachment de Jair Bolsonaro.
O site procurou todos os senadores da legenda para ouvir a opinião individual de cada um deles. Ainda aguardamos retorno (ou não conseguimos contato) de Alvaro Dias, Reguffe, Flávio Arns e Marcos do Val.
Lasier Martins limitou-se a dizer que foi voto vencido (Atualização: após a publicação desta nota, a assessoria do senador acrescentou que ele foi voto vencido na decisão do partido de divulgar uma nota sobre o tema, mas apoia o entendimento de não aderir ao impeachment.).
Oriovisto Guimarães afirmou que “o partido é independente, não apoia o governo Bolsonaro e só é contra o impeachment agora pensando no Brasil e no povo brasileiro”.
“O partido é totalmente favorável a que seus eleitores não votem em Bolsonaro nas próximas eleições. Pretendemos uma terceira via. Se o candidato for do nosso partido, ótimo. Se não for, vamos apoiar uma candidatura de centro, liberal, racional. O nosso não apoio agora ao impeachment é em função do momento, e não porque gostamos do Bolsonaro”, acrescentou.
O Podemos ainda sonha com a candidatura presidencial de Sergio Moro.
Jorge Kajuru disse que o partido pode voltar a discutir a possibilidade de impeachment de Bolsonaro mais à frente, mas reforçou acreditar que “o momento não é favorável, não é bom se você for pensar no país”.
“O que o partido concluiu é que vai ser contra o impeachment em nome do Brasil, e não em nome do Bolsonaro. Pelo Bolsonaro, eu tenho certeza de que a maioria apoiaria o impeachment. A questão principal é avaliar o quadro do Brasil. Um impeachment agora vai causar mais danos ao país.”
Styvenson Valentim também argumentou que “a gente já está em um momento muito tumultuado” e “as pessoas não sabem nem o que é impeachment e querem emprego e comida”.
“As falas do Bolsonaro não me surpreendem, porque ele falava coisas muito piores antes e a população votou nele. Se ele está cometendo crime de responsabilidade, ele vem cometendo há muito tempo. Não apoio o impeachment neste momento, porque a gente já está em um momento muito tumultuado. A decisão do Podemos foi para não colocar mais lenha na fogueira.”
Eduardo Girão falou em “trauma do impeachment” e disse que “o partido foi prudente”.
“Não agimos pela emoção, e, sim, pela razão. A gente precisa dar tempo e refletir sobre as manifestações do 7 de Setembro. Você partir para um impeachment que paralisa o país durante muito tempo é pior ainda. A gente precisa ter muita serenidade e o partido está muito equilibrado.”
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