Vídeos de reuniões interministeriais obtidos pela Crusoé com exclusividade mostram que o Ministério da Saúde ignorou alertas feitos pelo Itamaraty e decidiu aderir ao consórcio Covax Facility em quantidade mínima, com doses das vacinas contra a Covid suficientes para somente 10% da população. 

Um dos argumentos usados pelo então ministro da Saúde Eduardo Pazuello para não aceitar maior oferta do consórcio da OMS era o de que se tratava de uma negociação “nebulosa”. Não havia nada de “nebuloso”. A única coisa “nebulosa” era o inglês dos encarregados do governo brasileiro em Brasília para ler o contrato. Um despreparo espantoso.

Em depoimento à CPI da Covid, Pazuello repetiu essa lorota e, pior, mentiu também ao dizer que o preço inicial da vacina era de US$ 40 a dose. O preço era de cerca de US$ 20 e baixou para pouco mais de US$ 10.

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