Longe da CPI, Queiroga é “censor” de Bolsonaro: “Excelente comunicador”
Na última terça-feira (8), em seu segundo depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a ser provocado a comentar gestos e declarações de Jair Bolsonaro no contexto da pandemia. Queiroga respondeu que não era "censor" do presidente da República e não faria "juízo de valor"...
Na última terça-feira (8), em seu segundo depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a ser provocado a comentar gestos e declarações de Jair Bolsonaro no contexto da pandemia.
Queiroga respondeu que não era “censor” do presidente da República e não faria “juízo de valor”. Com isso, o ministro deu um drible (mais um) nos senadores da CPI, que praticamente avalizaram as mentiras nos depoimentos.
Na madrugada desta sexta-feira (11), em entrevista para jornalistas bolsonaristas na RedeTV!, o ministro da Saúde fez “juízo de valor” sobre a declaração de ontem de Bolsonaro sobre a não obrigatoriedade do uso de máscaras por quem já foi infectado pelo novo coronavírus ou vacinado contra a Covid.
Queiroga disse:
“O presidente está interessado nesse tema e pediu que nós fizéssemos um estudo e nós vamos fazer. O presidente sempre prima por essa questão técnica, esse é um ponto importante.”
O ministro, então, teceu comentários sobre a forma de o presidente se expressar e terminou concluindo que Bolsonaro é “excelente comunicador”.
“Lembra: lá no passado, ele falou acerca de vacinas e usou uma figura de linguagem de um animal. E as pessoas falaram: ‘ah, porque isso, porque aquilo…’. Na realidade, o que o presidente está [estava] falando? Sobre a segurança de determinados insumos, que podem ser vacinas, que podem ser fármacos. E ele, como é um excelente comunicador, usa uma forma que a sociedade entenda.”
Bolsonaro “usa uma forma” irresponsável, que desinforma e contribui para o morticínio no país.
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