João Amoêdo fez bem em desistir de sua candidatura. A falange bolsonarista do Novo vai apoiar o sociopata em 2022.

Na semana passada, publiquei na Crusoé:

“A necessidade de encontrar um candidato capaz de atrair votos é ainda mais urgente do que em 2018, porque o Brasil apodreceu de lá para cá — não basta repensá-lo, é preciso refundá-lo.

A candidatura de João Amoêdo, por mais que eu simpatize com ela, é o contrário disso. Ela revela a implosão da terceira via. Os nomes que se uniram no WhatsApp, algumas semanas atrás, acabaram se desunindo fora dele, porque ninguém se mostrou disposto a renunciar à própria vaga. Em particular, João Doria e Ciro Gomes.”

João Amoêdo, que defende a terceira via, renunciou. E, com sua renúncia, tornou-se ainda mais imprescindível do que com sua candidatura. Se a terceira via souber renunciar a vaidades e a mesquinharias, criando algo realmente novo, dá para derrotar os monstros de passado e salvar a democracia. Caso contrário, estamos fritos.