Pazuello é uma vergonha para o Exército
O Exército deveria enquadrar o general da ativa Eduardo Pazuello. O ex-ministro da Saúde, que cumpria ordens de Jair Bolsonaro contra a preservação da saúde pública, envergonhou a instituição enquanto permaneceu no cargo e continua a envergonhar fora dele...
O Exército deveria enquadrar o general da ativa Eduardo Pazuello. O ex-ministro da Saúde, que cumpria ordens de Jair Bolsonaro contra a preservação da saúde pública, envergonhou a instituição enquanto permaneceu no cargo e continua a envergonhar fora dele.
Ontem, como noticiamos, Eduardo Pazuello foi flagrado passeando sem máscara num shopping center de Manaus, a capital cujos doentes de Covid sofreram com falta de oxigênio por desídia do então ministro da Saúde, no início do ano. A foto, publicada no Twitter, foi feita pela fotógrafa Jaqueline Bastos. Ela disse que, ao ser indagado sobre a falta de máscara, o bruto respondeu: “Pois é, tô sem máscara, né? Onde compra isso?”. E seguiu andando e rindo.
A administração do shopping afirmou que Eduardo Pazuello foi orientado a ir a um quiosque para comprar uma máscara: “Assim foi feito e o ex-ministro com ela se manteve enquanto permaneceu no shopping”. Ele deveria, contudo, ter sido barrado na entrada, como admitiu a administração. Por que isso não ocorreu? É legítimo supor que Eduardo Pazuello possa ter dado uma carteirada no encarregado de barrar clientes que não obedecem aos protocolos de segurança, ou o encarregado sentiu-se intimidado por figura tão colossal.
Eu me pergunto se o ex-ministro sai por aí lambendo maçanetas, para provar o seu destemor em relação ao vírus. Se as maçanetas forem higienizadas depois, é um problema só dele. Andar sem máscara, por seu turno, não é questão pessoal. A menos que você sofra de alguma deficiência mental muito incapacitante, o que não parece ser o caso, a atitude mostra descaso ou intenção deliberada de colocar em risco a saúde dos demais cidadãos.
Eduardo Pazzuelo, alvo da CPI da Covid, precisa ter o mesmo destino de outros “cumpridores de ordens”: a punição e a exposição ao opróbrio. Mas tanto uma como a outra não podem advir apenas da comissão parlamentar de inquérito instalada no Senado — que, aliás, deveria usar o flagrante no shopping como prova de uma disposição sabotadora que continua a se manifestar. A punição e a exposição ao opróbrio precisam partir também do Exército. O que o general da ativa perpetrou foi ato de desobediência a uma ordem pública. Ele é uma vergonha para a instituição da qual veste a farda e, consequentemente, para o Brasil.
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