Freire rebate Gleisi: “Qual o problema? Somos obrigados a apoiar o Lula?”
Gleisi Hoffmann, como registramos mais cedo, ficou sentida com o fato de o PT não ter sido convidado a assinar o manifesto desta semana "em defesa da democracia", apoiado por seis presidenciáveis. Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, reagiu...
Gleisi Hoffmann, como registramos mais cedo, ficou sentida com o fato de o PT não ter sido convidado a assinar o manifesto desta semana “em defesa da democracia”, apoiado por seis presidenciáveis.
Roberto Freire, presidente nacional do Cidadania, reagiu.
“Ela tem que ficar sentida ou não pelo quê? Nós somos contra Bolsonaro e somos contra o Lula. Nós temos os nossos candidatos e não queremos o candidato dela. Qual o problema? Somos obrigados a apoiar o Lula? Não. Nós queremos derrubar Bolsonaro e, de lambuja, também Lula”, disse o dirigente partidário a O Antagonista.
Sobre a declaração a este site de Miro Teixeira, coordenador da campanha de Ciro Gomes, de que a candidatura do pedetista é “intocável”, Freire questionou se Ciro quer “ficar sozinho”.
“Se o PDT quer o Ciro candidato, tudo bem. Todos os nomes do ‘polo democrático’ se colocam como candidatos. O Cidadania também tem sua simpatia [por Luciano Huck]. Claro que Ciro quer ser candidato. Os outros também querem ser. Ninguém está dizendo que não é o candidato do seu partido. Mas e aí? São candidatos, mas admitem dialogar. O Ciro vai ficar sozinho? Vai conversar com quem?”
Freire acrescentou que ainda acredita no peso político do manifesto divulgado nesta semana e refutou a interpretação de que o documento tenha sido um gesto pontual e pensado especificamente para uma semana tumultuada em Brasília, com trocas no Ministério da Defesa e nas Forças Armadas.
“Ah, por favor: se fosse algo pontual, caberia muito mais gente, caberia todo mundo. Mas foi um documento restrito a seis nomes. Não significa, claro, agora, que o grupo está definido e que isso resultará em candidatura única. Não se sabe. Mas demonstra um fato inédito, algo histórico: pré-candidatos a presidente da República que se reúnem e que têm dialogado.”
Sergio Moro não assinou o manifesto, mas também está nesse grupo.
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