Moro: “O Brasil parece, às vezes, uma nau sem rumo ou, pior, em direção ao desastre”
Sergio Moro, em sua coluna na Crusoé, diz: “Li recente entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Estadão reconhecendo brevemente o valor de meu trabalho como juiz e o legado da Lava Jato, mas ressalvando que, como ministro, não teria mostrado ‘muita apetência’, ou seja, apetite, pelo poder...
Sergio Moro, em sua coluna na Crusoé, diz:
“Li recente entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no Estadão reconhecendo brevemente o valor de meu trabalho como juiz e o legado da Lava Jato, mas ressalvando que, como ministro, não teria mostrado ‘muita apetência’, ou seja, apetite, pelo poder. Não interpretei como uma crítica, mas como um elogio. Ingressei no governo como Ministro da Justiça e Segurança para desenvolver um projeto, não pessoal, mas para o país, de fortalecimento do ‘rule of law’. Quando verifiquei que, independentemente do que eu fizesse, o projeto não iria adiante, por motivos que já expliquei exaustivamente no passado, eu simplesmente saí. Não sou daqueles que ficaria no cargo apenas pelo cargo ou em busca de miragens (…).
Fazer a coisa certa sempre exige sacrifícios, inclusive o de ficar longe do poder. Vejo atualmente o Brasil com certa tristeza, mais de 300 mil mortos na pandemia, as dificuldades na economia e o desmantelamento de algumas conquistas institucionais do passado, como o combate à corrupção.
O Brasil parece, às vezes, uma nau sem rumo ou, pior, em direção ao desastre.”
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