Deputado do PT pede a Conselho do MP para abrir processo de demissão de Deltan
O deputado do PT Paulo Teixeira protocolou no Conselho Nacional do Ministério Público uma reclamação disciplinar com o objetivo de punir Deltan Dallagnol e outros procuradores que atuaram na Lava Jato com demissão do cargo...
O deputado do PT Paulo Teixeira protocolou no Conselho Nacional do Ministério Público uma reclamação disciplinar com o objetivo de punir Deltan Dallagnol e outros procuradores que atuaram na Lava Jato com demissão do cargo.
Com base nas mensagens roubadas da Lava Jato e entregues à defesa de Lula, ele acusa os integrantes da força-tarefa de infringir o dever de guardar segredo sobre assuntos sigilosos, de não se declararem suspeitos para denunciar o ex-presidente, faltar com o decoro e também por improbidade administrativa com lesão aos cofres públicos.
Numa das mensagens anexadas, Deltan pede a Moro para destinar R$ 38 mil da 13ª Vara Federal de Curitiba para um vídeo institucional de apoio às 10 medidas contra a corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal.
Na reclamação, Teixeira também apresenta mensagens em que Deltan trata sobre a destinação de recursos recuperados na operação para o Ministério Público Federal.
“O procurador Deltan Dallagnol reconhece expressamente que os recursos públicos pertencem à vítima Petrobras, porém sinaliza a intenção de se apropriar de parte dessa quantia […] Seu interlocutor nesse diálogo manifesta temor com a possibilidade do fato alcançar notoriedade na imprensa”, descreveu Paulo Teixeira no pedido de investigação.
Também é mencionada a tentativa de criar um fundo de R$ 2,5 bilhões com valores liberados pelos Estados Unidos a partir de multas aplicadas à Petrobras.
Teixeira ainda anexou mensagens com memes sobre Lula e diálogos em que Deltan atualiza os colegas sobre reuniões que teve com Moro e em que informou sobre o andamento de acordos de delação, denúncias e investigações, inclusive em parceria com autoridades suíças e americanas.
“Havia uma missão, que em nada tinha a ver com a aplicação do direito aos casos concretos ou à realização de processos justos, mas destinava-se ao combate de um inimigo: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem asquerosamente chamavam de ‘9’”, diz a reclamação.
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