PSD também faz juras de “independência”
Depois de ACM Neto vir à público para negar aproximação com o governo de Jair Bolsonaro, o PSD também manda recados para tentar garantir a áurea de "partido independente"...
Depois de ACM Neto vir à público para negar aproximação com o governo de Jair Bolsonaro, o PSD também manda recados para tentar garantir a áurea de “partido independente”.
Uma liderança da sigla presidida por Gilberto Kassab disse a este site achar “muito difícil” que se concretizem as notícias de que o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) vá para um nome da legenda — o mais cotado seria o senador Nelsinho Trad, segundo o próprio já admitiu.
Na avaliação dessa liderança, não haverá grandes mudanças na Esplanada no curto prazo. O movimento mais certo é o do Republicanos, que, de fato, deve ficar com o Ministério da Cidadania, hoje chefiado por Onyx Lorenzoni, que voltará ao Planalto. A promessa ao partido ligado à Igreja Universal foi feita para que Marcos Pereira, deputado e presidente da legenda, desistisse da candidatura ao comando da Câmara e apoiasse o candidato oficial do governo, Arthur Lira. Deu certo.
O PSD, assim como outros partidos maiores do Centrão — com exceção do Progressistas –, tentará sustentar a narrativa da “independência”, como um hedge diante do que poderá ocorrer nos próximos dois anos, deixando, assim, margem para negociações até 2022. Quanto ao Ministério das Comunicações, recriado para abrigar o deputado do partido Fábio Faria, a legenda insistirá que se tratou de “uma cota pessoal” do presidente.
No Planalto, a ficha pode estar caindo e o entorno do presidente talvez tenha percebido que não será preciso entregar muito mais ao Centrão. Resta saber se o insaciável grupo político se dará por satisfeito com cargos no segundo escalão da Esplanada, em autarquias e em demais órgãos federais, além dos bilhões de verba extra.
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