O Antagonista perguntou a opinião do senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, líder da bancada, sobre a possibilidade de abertura de processo de impeachment de Jair Bolsonaro.

Ele começou respondendo assim:

“Uma pergunta dessa natureza eu não tenho como responder. Até porque o processo de impeachment é muito delicado, de alta responsabilidade.”

Em seguida, Otto afirmou que um deputado ou senador só deveria se manifestar sobre o assunto no plenário e nos autos do processo, se aberto.

“Para não acontecer o que aconteceu com a presidente Dilma, que não cometeu crime de responsabilidade e foi cassada politicamente, em um esquema montado pelo Michel Temer”, emendou o senador, que votou contra o impeachment da petista, em 2016.

“Nesse caso específico [do Bolsonaro], é preciso observar com cuidado se houve crime de responsabilidade ou não e nas comissões que serão constituídas, se isso acontecer.”

Otto Alencar tem uma postura de oposição ao governo Bolsonaro, embora seu partido, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, esteja de mãos dadas com o presidente, tendo recebido dele cargos em órgãos federais. Fábio Faria é considerado da “cota pessoal” de Bolsonaro, mas não há como negar a recriação do Ministério das Comunicações para abrigar um deputado do PSD — Kassab foi ministro da pasta no governo Temer.

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