Abingate é de Bolsonaro
A reportagem da Crusoé sobre a Abin do B, a central de arapongagem do bolsonarismo, revela o motivo dos ataques de Alexandre Ramagem e Augusto Heleno à advogada Luciana Pires. Eles só se meteram na enrascada da Abingate porque foram pressionados por Jair Bolsonaro, que atendeu a um pedido da defensora de Flávio Bolsonaro...
A reportagem da Crusoé sobre a Abin do B, a central de arapongagem do bolsonarismo, revela o motivo dos ataques de Alexandre Ramagem e Augusto Heleno à advogada Luciana Pires.
Eles só se meteram na enrascada da Abingate porque foram pressionados por Jair Bolsonaro, que atendeu a um pedido da defensora de Flávio Bolsonaro.
“Na reunião do dia 25 de agosto no Planalto, Bolsonaro teria questionado Ramagem se a Abin sabia dos tais desvios de conduta no Fisco, onde agentes teriam usado ‘senhas invisíveis’ para acessar dados de contribuintes com o objetivo de subsidiar futuras investigações. A resposta negativa do chefe da agência de inteligência fez surgir um silêncio quase sepulcral entre os presentes. Na visão de quem participou do encontro, o clima de constrangimento da reunião instigou Ramagem a entrar de cabeça no caso, para tentar corrigir a ‘falha’ perante o chefe. O diretor da Abin teria ficado com uma cópia da representação apresentada naquele mesmo dia à Receita Federal pelas defensoras de Flávio. O objetivo era ter acesso a todas as pesquisas realizadas nos sistemas internos do órgão envolvendo o nome do senador, da mulher dele e das empresas do casal desde 2015.
É quando entra em ação a estrutura paralela montada dentro da Abin para atuar conforme os interesses do clã Bolsonaro. Mesmo na condição de diretor-geral da agência de inteligência, Ramagem, afirmam interlocutores que acompanham o caso, sabia que não poderia se valer dos trâmites oficiais do órgão para ajudar na defesa do filho do presidente. Por isso, acionou, nas palavras de servidores concursados do órgão, a central bolsonarista da Abin, criada extraoficialmente e alheia ao procedimento padrão da agência para ‘levantar antecedentes’ e ‘montar dossiês’ a pedidos expressos do governo. A estrutura foi batizada de Coordenação-geral de Credenciamento de Segurança e Análise de Segurança Corporativa e tem como chefe o agente da PF Marcelo Bormevet.”
O maior responsável pelo escândalo não é Alexandre Ramagem ou Augusto Heleno, e sim Jair Bolsonaro.
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