Brasil é “a maior lavanderia de dinheiro do mundo”, diz doleiro Vinícius Claret
Na opinião do doleiro Vinícius Claret, o Brasil é "a maior lavanderia de dinheiro do mundo". Segundo ele, falta fiscalização da Receita Federal e do Banco Central e é necessária uma lei para proibir o pagamento de boletos por terceiros...
Na opinião do doleiro Vinícius Claret, o Brasil é “a maior lavanderia de dinheiro do mundo”. Segundo ele, falta fiscalização da Receita Federal e do Banco Central e é necessária uma lei para proibir o pagamento de boletos por terceiros.
“Nós pagávamos esses boletos e, diante de uma comissão, fazíamos a transferência para as contas dos Chebat na Suíça. Mas o dinheiro já estava em nossas contas [no mesmo paraíso fiscal]”, conta. O dinheiro obtido com o pagamento dos boletos era usado para comprar mais dólares e reais.
Os Chebat são os doleiros Marcelo e Renato, que trabalhavam para a Odebrecht.
Ex-sócio de Dario Messer, o “doleiro dos doleiros”, segundo a Lava Jato, Claret é o delator que deu origem à Operação Câmbio, Desligo, um dos braços da Lava Jato no Rio.
Em entrevista ao UOL, ele disse que doleiros e lavadores estão enviando dinheiro para o exterior por meio de operações falsas de importação. “Como não tem compliance nessas empresas, o dinheiro vai e a mercadoria nunca chega”, disse.
Claret disse ainda que se arrepende da delação e que foi traído por Messer: “O Messer mandou assinar o acordo e sumiu para o Paraguai. Me arrependo por ter entregue pessoas amigas. Mas não estou nem aí por ter ajudado a colocar o Cabral na cadeia”. Claret ficou um ano preso no Uruguai enquanto Dario Messer estava escondido no Paraguai.
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