Ontem, registramos que o argumento de boa parte dos senadores que votaram pela derrubada do veto de Jair Bolsonaro que impede aumento de salários de servidores até dezembro de 2021 era “em nome dos heróis da pandemia”.

Em tese, a derrubada do veto — que não se confirmou na Câmara — abria a possibilidade para que prefeitos e governadores pudessem reajustar o salário de profissionais que estão “na linha de frente” da pandemia da Covid-19.

É preciso deixar claro o conteúdo do veto.

A derrubada permitiria o reajuste de uma série de categorias: servidores de carreiras periciais, agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, de serviços funerários e de assistência social, além de trabalhadores da educação pública e profissionais de saúde.

Convenhamos que, sem entrar no mérito do merecimento, há uma subjetividade em compreender todas essas categorias como “da linha de frente” da pandemia.