Corregedoria do MPF diz que já investiga ‘informações genéricas’ de Aras
A Procuradoria-Geral da República informou hoje que a Corregedoria do MPF já investiga as “informações genéricas” divulgadas ontem pelo procurador-geral, Augusto Aras, em live com advogados lulistas...
A Procuradoria-Geral da República informou hoje que a Corregedoria do MPF já investiga as “informações genéricas” divulgadas ontem pelo procurador-geral, Augusto Aras, em live com advogados lulistas.
Na conversa, Aras disse que a Lava Jato tem uma “caixa de segredos” com 50 mil documentos inacessíveis a quem não faz parte da força-tarefa. Segundo o PGR, todos os sistemas de banco de dados do MPF do Brasil inteiro têm 40 TeraBytes. A Lava Jato tem 350 TB.
A PGR disse hoje que “as dificuldades encontradas pela administração superior para acessar informações que poderiam subsidiar investigações relevantes em andamento em outras unidades causou estranheza”.
O acesso a essas investigações está na raiz das disputas de Aras com a Lava Jato. Em maio, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo foi até Curitiba e solicitou cópia dos bancos de dados da força-tarefa.
Os procuradores consideraram o pedido uma invasão de suas autonomias e pediram que a Corregedoria avaliasse o pedido de Lindôra, já que ela não se referiu a nenhum procedimento em trâmite.
Na live de ontem, Aras disse que o “lavajatismo há de passar”, porque o combate à corrupção “não combina com caixas pretas”.
Ele também disse que “agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”.
Leia a nota da PGR sobre a Corregedoria do MPF:
As informações genéricas prestadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, na noite de terça-feira (28) em videoconferência do grupo de juristas “Prerrogativas” são objeto de investigação que corre em sigilo na Corregedoria do Ministério Público Federal. O compartilhamento de informações da Lava Jato com as instâncias superiores da instituição foi solicitado oficialmente e correu nos trâmites normais. As dificuldades encontradas pela administração superior para acessar informações que poderiam subsidiar investigações relevantes em andamento em outras unidades causou estranheza. A apuração dos fatos jogará luz e dará transparência aos procedimentos internos do Ministério Público Federal.
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