O que queria Fábio Faria, o genro de Silvio Santos que virou ministro de Bolsonaro
O potiguar Fábio Faria, agora ministro das Comunicações, conseguiu o que queria: nacionalizar sua imagem. O deputado federal de 42 anos vinha dizendo nos últimos meses a amigos e correligionários mais próximos que não tentaria mais ser deputado federal...
O potiguar Fábio Faria, agora ministro das Comunicações, conseguiu o que queria: nacionalizar sua imagem.
O deputado federal de 42 anos vinha dizendo nos últimos meses a amigos e correligionários mais próximos que não tentaria mais ser deputado federal pelo Rio Grande do Norte — ele está no quarto mandato.
O plano era tentar ajudar o pai, o ex-governador Robinson Faria, a ocupar seu lugar na Câmara e planejar alguma eleição majoritária — para o Senado ou mesmo para o governo estadual, hoje comandado pela petista Fátima Bezerra.
Enquanto isso, Fábio afirmava que estava “cuidando de negócios” em São Paulo, onde praticamente passou a viver depois do casamento com a filha de Silvio Santos, em 2017.
“Aos poucos, ele foi se aproximando de Jair Bolsonaro. Ele estava lutando há muito tempo por isso [um cargo de destaque]. Ninguém pense que ele é bobo. Ele é esperto, hábil e inteligente: sabe muito bem posar para a plateia, fazer os devidos agrados para alcançar os objetivos dele. Foi assim quando se aproximou do [Gilberto] Kassab, do Rodrigo [Maia] e agora do Bolsonaro”, disse a O Antagonista uma liderança política do Rio Grande do Norte.
Quem conhece bem Fábio Faria opina que ele, com jeitinho e sorrisos, conseguiu se apresentar para o presidente da República como “um articulador na Câmara” e “amigo de Rodrigo Maia”, além de se mostrar disposto a “resolver os problemas [de Bolsonaro] com a imprensa”.
Embora seja genro do dono do SBT, Faria tem canal direto com a Globo e fala bem com a imprensa de maneira geral. Nos bastidores, tem dito que sua missão será “pacificar” a relação do governo com emissoras e jornais.
Parlamentares do PSD acrescentaram a O Antagonista, em reservado, que Faria fará de tudo para ser visto como “uma escolha pessoal” de Bolsonaro, mas “é claro que Kassab sabe o que está fazendo”, ponderam. Mais cedo, o presidente nacional da legenda disse ao site que a indicação do deputado “não passou pelo partido”.
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