Na reunião, Teich foi o único a tratar da pandemia do novo coronavírus
Nelson Teich, que deixaria o Ministério da Saúde três semanas depois, foi o único participante da reunião ministerial de 22 de abril a tratar a pandemia do novo coronavírus como um problema no país...
Nelson Teich, que deixaria o Ministério da Saúde três semanas depois, foi o único participante da reunião ministerial de 22 de abril a tratar a pandemia do novo coronavírus como um problema no país.
Jair Bolsonaro só falou da doença ao tratar da disputa para não divulgar seus exame –e para contar como criticou o diretor da Polícia Rodoviária Federal por divulgar “apenas” como Covid-19, sem comorbidades, a causa da morte de um patrulheiro. E Ricardo Salles defendeu a pandemia como uma oportunidade para “ir passando a boiada” em propostas do Meio Ambiente.
“Bom, eu tô chegando aqui então é importante que eu… que eu coloque pra vocês como é que a gente vai trabalhar, né?”, diz o ministro da Saúde, recém-nomeado, no início da sua fala na reunião.
“A saúde, ela é fundamental porque, enquanto a gente não mostrar pra a sociedade que a gente tem o controle da doença, da saída dela, qualquer tentativa econômica vai ser ruim, porque o medo vai impedir que você trate a economia como uma prioridade”, afirmou Teich.
O ministro disse ainda que era necessário mostrar que o governo não era um “barco à deriva” e tinha uma estratégia para controlar a doença. Afirmou também que o país estava “correndo contra o tempo”: “Quando você pega uma doença que chega, que é muita gente ao mesmo tempo, você não consegue ter agilidade pra preparar o sistema para cuidar dela”.
Teich também alertou para o que chamou de “não-Covid” –câncer e doenças cardiovasculares–, que para ele não estavam tendo a atenção necessária. “Isso tudo tá represado, é demanda reprimida. Quando você controlar a Covid, o não Covid vai chegar com tudo e você pode pegar uma estrutura sucateada.”
O Antagonista lembra que em 22 de abril, dia da reunião, o Ministério da Saúde registrava 2.906 mortes por Covid-19 no país.
Ontem, 21 de maio, já eram 20.047 mortes –e com um interino na pasta.
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