Covid-19: prefeito de Manaus teme ‘genocídio’ de índios
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), divulgou uma nota em que diz temer um "genocídio" em razão do avanço da Covid-19 entre índios. "Eu temo um genocídio e quero denunciar essa coisa ao mundo inteiro. Nós temos aqui um governo que não liga para a vida dos índios...
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), divulgou uma nota em que diz temer um “genocídio” em razão do avanço da Covid-19 entre índios.
“Eu temo um genocídio e quero denunciar essa coisa ao mundo inteiro. Nós temos aqui um governo que não liga para a vida dos índios.”
De acordo com o Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), ligado ao Ministério da Saúde, até ontem havia 27 mortes e 526 casos confirmados do novo coronavírus na população indígena. Os números da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) são diferentes: segundo a entidade, até a última sexta-feira, a Covid-19 havia matado 103 índios e contaminado 610.
Em nota enviada a O Antagonista, a Funai disse que “vem adotando todas as medidas que se encontram ao seu alcance no enfrentamento à pandemia”.
“Em nenhum momento, a Funai se eximiu de qualquer obrigação legal de proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas, sempre primando pelo zelo e atenção em suas ações. (…) A fundação vem desempenhando um intenso trabalho de conscientização, monitoramento e prevenção junto aos povos indígenas.”
Entre as normas em vigor, está a suspensão, por tempo indeterminado, das autorizações de acesso a terras indígenas. A Funai também informou que recebeu do ministério de Damares Alves quase R$ 6 milhões para a logística de distribuição de mais de 300 mil cestas de alimentos a famílias indígenas. A compra dos itens ficará a cargo da Conab.
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