A Justiça Federal no Paraná bloqueou R$ 64,1 milhões do ex-gerente da Transpetro José Antônio de Jesus, do empresário Adriano Correia e das empresas NM Engenharia e Queiroz Correia, numa ação de improbidade administrativa na Lava Jato.

Já condenados criminalmente por corrupção e lavagem, José Antônio de Jesus e Adriano Correia são acusados no âmbito cível por enriquecimento ilícito e dano ao erário.

Segundo a ação, o ex-gerente da Transpetro teria recebido R$ 7,5 milhões, por meio da Queiroz Correia, para contratar a NM, de Luiz Maramaldo, entre 2009 e 2014.

O dinheiro bloqueado servirá para pagamento de penas pecuniárias e multas ao fim do processo.

Em nota, a NM Engenharia afirmou que o Ministério Público Federal descumpriu o acordo de colaboração da empresa, que, segundo ela, levou à descoberta dos fatos.

“Parte do acordo inclusive foi que a empresa não seria processada, o que o Ministério Público Federal descumpriu, gerando insegurança jurídica em relação a todos os acordos semelhantes no país. A empresa já tem negociações avançadas de acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União e implantou sólido programa de compliance por conta disso.”