Quando será o pico do contágio por Covid-19 na Itália? A questão não interessa apenas aos italianos, mas a populações de outros países que já tomaram as mesmas medidas restritivas severas para evitar a propagação do novo coronavírus, como França, Áustria e Espanha.

Os primeiros casos de pessoas com coronavírus na Itália datam de 31 de janeiro, quando dois chineses infectados foram atendidos em Roma. Hoje, 17 de março, há  31.506 casos registrados no total, com 2.503 mortos e 2.941 pessoas curadas.

O pico da epidemia na Itália ainda é incerto, mas pode demorar mais uma ou duas semanas para ser alcançado. Um modelo de simulação que está em testes na Universidade de Gênova indica que o pico será em torno de 25 de março, se tudo continuar como está: vírus com o mesmo grau de transmissibilidade e letalidade, além da manutenção das medidas já tomadas.

Um dado positivo no quadro atual é que, no início, os casos positivos dobravam a cada 2,5 dias, e agora dobram a cada 3 a 4 dias. Ou seja, a propagação está mais lenta.

Atingir o pico, no entanto não significa obviamente o fim da epidemia no  país. É apenas o momento em que o número total de infecções começará a cair.

Se o Brasil vier a adotar as mesmas medidas da Itália, e o padrão de contágio for semelhante por aqui, teremos pela frente cerca de dois meses de curva de infecções ascendente. Sempre na crença, é claro, de que não haverá um elevado número de subnotificações que possa dar razão ao argumento falacioso de que se trata de simples gripe,