Arquivado na Justiça Eleitoral, mensalinho do PT no Twitter entra no foco da CPI das Fake News
A investigação do esquema de pagamento de influenciadores de redes sociais para propagação de notícia para políticos do PT não tem avançado na Justiça Eleitoral nos estados, mas o chamado "mensalinho do PT no Twitter" será uma das frentes de apuração da CPI das Fake News...
A investigação do esquema de pagamento de influenciadores de redes sociais para propagação de notícia para políticos do PT não tem avançado na Justiça Eleitoral nos estados, mas o chamado “mensalinho do PT no Twitter” será uma das frentes de apuração da CPI das Fake News.
O comando da comissão deve pedir que a Polícia Federal e os tribunais regionais eleitorais entrem no caso e ainda auxiliem com dados e investigações. A O Antagonista, o presidente da CPI, senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, disse que não descarta indiciamentos sobre o caso a depender do resultado das apurações.
Empresas ligadas ao ex-deputado federal Miguel Corrêa, do PT de Minas Gerais, teriam fechado contratos milionários com pelo menos uma dezena de políticos nas eleições de 2018 que pagaram para participarem de um espécie de game. Para ganhar pontos no jogo, os influenciadores convidados a baixar o aplicativo deveriam compartilhar conteúdo positivo sobre os candidatos nas redes sociais.
A Justiça Eleitoral em Minas rejeitou uma ação contra Corrêa sob argumento de que, como ele não chegou a ser eleito ao Senado, não haveria como prosseguir com o processo porque a única sanção aplicável seria a cassação ou rejeição do diploma, portanto, a punição não poderia ser aplicada.
Em outra ação que poderia provocar a inelegibilidade de Corrêa, o TRE mineiro julgou se o caso poderia se enquadrar em abuso de poder econômico, além de arrecadação e gastos ilícitos de recursos. Os desembargadores avaliaram que não há provas nos autos de que o aplicativo alcançou um número expressivo de eleitores a ponto de desequilibrar o pleito. Uma perícia informou que o aplicativo foi baixado por ao menos 1.000 pessoas.
Em relação aos influenciadores, os magistrados consideraram que não ficou evidenciado o benefício ao ex-deputado. Isso porque ele não foi citado em e-mails dirigidos supostamente a influenciadores digitais, contendo o resumo das matérias que deveriam ser divulgadas em suas redes sociais, referentes às pautas políticas de esquerda, havendo referência a certos candidatos (Wellington Dias, Fernando Haddad, Manuela D’Ávila, Luiz Marinho, Lindbergh Farias, Décio Lima e Gleisi Hoffmann).
O Ministério Público Eleitoral recorreu e o processo ainda está em fase de admissão pelo TSE.
A falta de provas também foi a justificativa da Justiça Eleitoral no Piauí para rejeitar uma ação contra o governador Wellington Dias (PT). O mensalinho do PT no Twitter estourou justamente pelo caso de Dias, sendo que a jornalista Paula Holanda, militante de esquerda e influenciadora digital, revelou no Twitter ter sido convidada, em troca de dinheiro, pela Lajoy a promover em seu perfil conteúdo de esquerda. Ela, porém, disse que se recusou a fazer postagens sobre Dias.
O juiz auxiliar Geraldo Meneses considerou que “não há prova idônea de que a coligação e/ou o candidato representados contrataram influenciadores digitais ou a Lajoy a fim de expandir a audiência de conteúdos no twitter”.
A situação da campanha de Dias ainda é discutida em outra ação no TRE.
O caso de Luiz Marinho, que concorreu ao governo de São Paulo pelo PT, também foi encerrado, mas por questão processual. Não houve discussão sobre o mérito do caso.
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