O Tribunal de Contas da União aprovou uma auditoria para apurar riscos para a Eletrobras  diante de gestão ineficiente e ingerência política na empresa. A análise será feita para o relatório de contas de governo de 2020.

A ideia é avaliar se a atuação do conselho de administração e da diretoria Executiva da estatal representa ameaça de perdas de remuneração por não atendimento da parâmetros regulatórios.

A medida consta em decisão do ministro Walton Alencar Rodrigues, que apontou como justificativa uma série histórica de prejuízos para a estatal, além de elevada exposição a fraude e corrupção na empresa.

Rodrigues avalia que a situação da empresa  pode impactar a retomada do crescimento econômico do país.

O ministro cita que, segundo as estimativas oficiais, a demanda por energia elétrica aumentará em 38%, nos próximos dez anos, e o país precisará, nesse período, de R$ 397 bilhões em investimentos em geração e transmissão de energia. Nesse contexto, apenas para manter sua posição no mercado, a Eletrobras precisaria investir cerca de R$ 14 bilhões ao ano, mas sua capacidade de investimento atual é restrita a R$ 3,6 bilhões por ano.