Esquema da Torre Pituba teve propina da OAS até em meias
Mais novo delator da Lava Jato, o empresário Marcos Suarez afirmou que os pagamentos do esquema envolvendo a suposta fraude para as obras da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador (BA), seguiu o roteiro utilizado para operacionalizar outras vantagens indevidas, com repasses em hotel e transporte de dinheiro até nas meias...
Mais novo delator da Lava Jato, o empresário Marcos Suarez afirmou que os pagamentos do esquema envolvendo a suposta fraude para as obras da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador (BA), seguiu o roteiro utilizado para operacionalizar outras vantagens indevidas, com repasses em hotel, uso de codinome e transporte de dinheiro até nas meias.
Segundo Suarez, isso ocorreu em repasses da OAB, sendo que a empreiteira passou a participar do pagamento de propina ao PT Nacional, que seria repassado a João Vaccari, ao PT da Bahia, de responsabilidade de Carlos Dalto, e dirigentes do Petros e Petrobras em contrapartida ao direcionamento do procedimento seletivo para que a Mendes Pinto Engenharia se sagrasse vencedora e fosse a empresa responsável por proceder a seleção de profissionais que elaborariam projetos para empreendimento.
“Que uma vez com os valores em mão, os intermediadores se encarregavam de levar o numerário a Paulo Afonso, em Belo Horizonte ou Rio de Janeiro ou ao depoente em Salvador, em geral por transporte aéreo. O dinheiro normalmente era despachado em malas, ou trazido de forma oculta sob as roupas e em meias, e entregue em mãos a Paulo Afonso, nas localidades antes mencionadas. Em uma determinada ocasião, o valor transportado era muito alto e Paulo Afonso determinou que alugassem um veículo para fazer trajeto Salvador/Belo Horizonte, entre os dias 25 e 27 de maio de 2012”, contou o delator.
Os valores foram repassados a emissários de Vaccari inclusive na sede do PT.
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