Venda de liminar, 1,8 milhão de reais em propina e execução à luz do dia
Na decisão em que autorizou a operação de hoje que investiga a venda de decisões na Justiça da Bahia -- à qual O Antagonista teve acesso --, o ministro Og Fernandes, do STJ, diz haver "conjunto probatório" e "indícios claros" do esquema criminoso investigado...
Na decisão em que autorizou a operação de hoje que investiga a venda de decisões na Justiça da Bahia — à qual O Antagonista teve acesso –, o ministro Og Fernandes, do STJ, diz haver “conjunto probatório” e “indícios claros” do esquema criminoso investigado.
O esquema, segundo Og, parece ter sido idealizado por Adailton Maturino, um cidadão que se apresenta como cônsul de Guiné-Bissau no Brasil.
O ministro descreve que a ORCRIM “escora-se na atuação de advogados e servidores do Tribunal de Justiça da Bahia como intermediadores de venda de decisões judiciais por desembargadores e juízes do TJBA, a fim de realizar um gigantesco processo de grilhagem na região do oeste baiano, com o uso de laranjas e empresas para dissimulação dos ganhos ilicitamente auferidos”.
Apenas o caso de uma suposta compra de liminar da desembargadora Maria da Graça Osório por Adailton, em 2014, envolveu propina no valor de 1,8 milhão de reais.
O homem que delatou essa negociação, Genivaldo dos Santos Souza, foi executado em praça pública à luz do dia, com oito tiros, naquele mesmo ano. O executor, que agiu mediante recompensa, também foi morto com sinais de execução no ano passado. Og Fernandes fala em “possível operação de queima de arquivo”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)