Quem são as vítimas de Dilma, editorialista da Folha
A Folha não tem jeito. Em editorial, o jornal questiona mansamente o processo de impeachment.Leiam um trecho...
A Folha não tem jeito. Em editorial, o jornal questiona mansamente o processo de impeachment.
Leiam um trecho:
“Ainda que haja farta base factual nas tais pedaladas fiscais, esteio principal da acusação, muitos dos que não estão familiarizados com as tecnicalidades enxergarão aí a ‘frágil retórica jurídica’ para cassar-lhe o mandato denunciada pela presidente afastada.
No entanto, mesmo sendo questionáveis as alegações, não há como negar que os senadores estão plena e constitucionalmente investidos da autoridade para decidir se elas recaem sob a figura do crime de responsabilidade. Por isso se diz que o processo é a um só tempo jurídico e político.
No plano da política, aliás, ao deixar a defesa para ir ao ataque, o discurso da presidente afastada reincidiu nos vícios antigos. Insistiu num paralelo entre seu impedimento e golpes de Estado tão insustentável quanto sua aspiração a perfilar-se como um Getúlio Vargas ou um Juscelino Kubitschek.
Após lançar a economia do país numa de suas piores recessões, façanha pela qual nunca se penitenciou, resta a Dilma Rousseff apenas almejar que a história do Brasil a reconheça como vítima —jamais como a estadista que nunca foi.”
Vítimas são os doze milhões de brasileiros desempregados, senhor editorialista. Vítimas de uma fraude gigantesca nas contas do governo que o senhor tenta minimizar como as “tais pedaladas fiscais”.
Dilma Rousseff passará à história como culpada — e não só de crimes de responsabilidade.
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