Rodolfo Borges na Crusoé: A arte de reclamar da arbitragem
Abel Ferreira e o Palmeiras contagiaram os adversários, e podem acabar se tornando vítimas da própria estratégia
Sun Tzu ensina em A Arte da Guerra que o máximo da excelência em um combate é subjugar o exército inimigo sem chegar sequer a combater.
Isso não é possível em uma partida de futebol, mas há um forma de minimizar a possibilidade de derrota no Brasil.
Abel Ferreira percebeu isso muito cedo, logo que chegou ao país. A qualidade da arbitragem brasileira é tão ruim, os juízes são tão inseguros, que eles se tornam suscetíveis a pressões como em nenhum outro lugar do mundo.
Nesse contexto, os clubes com maior torcida ficaram conhecidos como mais beneficiados historicamente. Por anos, foi mais difícil errar contra Flamengo e Corinthians.
O treinador do Palmeiras reclamou tanto e com tanta insistência que conseguiu amedrontar os árbitros na mesma intensidade.
Mas o técnico português não fez isso sozinho. Abel contou com a parceria de sua comissão técnica e da direção do Palmeiras para transformar um erro de arbitragem contra o clube em uma espécie de crime inafiançável.
Serpente do monte Chang
Sun Tzu cita em seu manual de guerra o exemplo da serpente do monte Chang para instruir a coordenação dos soldados em uma operação miliar.
Se a cabeça é golpeada, o rabo da serpente contra-ataca. Se o golpe vier no rabo, o contra-ataque deve partir da cabeça. E, caso o ataque venha no meio do corpo da serpente, a reação caberá à cabeça e ao rabo.
Após a derrota para o Flamengo por 3 a 2 no Maracanã, os jogadores do Palmeiras reclamaram da arbitragem. O treinador também reclamou, logo depois de dizer que não reclamaria, assim como fez o diretor de futebol Anderson Barros.
Um método
Os palmeirenses conseguiram reclamar da arbitragem mesmo após a vitória contra o São Paulo por 3 a 2 no Morumbi, na qual foram…
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