Câmera corporal mostra PM executando homem rendido em SP
Dois policiais foram presos em decorrência da ação realizada na favela de Paraisópolis
A câmera corporal de um policial militar de São Paulo gravou o momento em que ele atirou contra um homem rendido durante a operação realizada na quinta-feira, 10, na favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista.
Dois policiais foram presos em decorrência da ação.
Nas imagens, os PMs são vistos entrando no quarto em que Igor Oliveira de Moraes Santos se escondia. Ele e outros três homens entraram em uma casa para escapar da perseguição policial.
Igor Santos aparece de mãos erguidas, em pé, encostado em uma parede.
Ele foi alvo de disparos duas vezes. Na primeira, ele estava agachado com os braços erguidos. Na segunda, ele se levantava, atendendo ao pedido do policial.
Outro PM fez um disparo em seguida.
No vídeo, é possível ouvir um dos policiais militares gritando: “Largar a arma”.
No boletim de ocorrência, um dos policiais envolvidos na ação omitiu a rendição e afirmou que o homem morto sacou a arma que carregava na cintura para justificar os disparos.
O que diz a PM de São Paulo?
O chefe de comunicação da Polícia Militar de São Paulo, coronel Emerson Massera, afirmou na sexta-feira, 11, que os PMs têm consciência de que mortes suspeitos desarmados ou rendidos são ilegais.
“Os policiais que cometeram erros sabiam que estavam cometendo erros e optaram por isso”, disse o coronel.
“A falta de treinamento não pode ser alegada para o cometimento de algumas ações que são dolosas [com intenção]”, acrescentou.
Operação policial
A PM foi acionada na tarde de quinta, 10, após uma denúncia de que havia armamento pesado na rua Rudolf Lotze, em um ponto de venda de drogas.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), três suspeitos fugiram com a chegada da polícia.
No local, houve confronto entre bandidos e policiais. Um deles morreu baleado. Outros dois foram presos.
Durante a abordagem, foram apreendidas três armas de fogo, carregadores, drogas, dinheiro e celulares.
Caos em Paraisópolis
À noite, grupos levaram o caos à região, fechando ruas, tombando carros e fazendo barricadas de fogo para impedir o avanço do 3° Batalhão de Choque e do COE (Comandos e Operações Especiais).
Segundo o Comando de Policiamento de Choque, policiais faziam patrulhamento no interior da favela quando receberam a informação que viaturas da área foram alvo de disparos de fuzil na rua Pasquale Gallupi.
Documento da PM apontam que os soldados conseguiram se proteger em uma casa, enquanto bandidos atiravam.
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