O que todo fã de luta deveria saber sobre o funcionamento do UFC
Entenda como funciona o UFC por dentro: dos contratos dos lutadores à escolha das lutas, veja o que todo fã precisa saber.
O UFC é muito mais do que lutas dentro do octógono. Por trás dos combates transmitidos ao redor do mundo, existe uma estrutura complexa de negociações, contratos, rankings e decisões estratégicas. Para quem é fã, entender esses bastidores torna a experiência ainda mais completa.
Neste artigo, explicamos os principais aspectos do funcionamento do UFC que nem todos conhecem: como os lutadores são contratados, como são definidos os confrontos, o papel dos rankings e o que realmente determina quem luta por cinturão.
Como o UFC escolhe as lutas
As lutas do UFC não são definidas apenas por mérito técnico. A combinação de confrontos leva em conta diversos fatores: desempenho recente, popularidade dos atletas, estilo de luta, rivalidades e apelo comercial.
A equipe de matchmakers — liderada por Sean Shelby e Mick Maynard — monta os cards com base nesses critérios. Muitas vezes, uma luta é feita porque “vende bem”, mesmo que o desafiante não seja o próximo no ranking oficial.
O sistema de rankings e suas limitações
O UFC mantém um ranking oficial por categoria de peso, atualizado semanalmente com base na votação de jornalistas especializados. Esse ranking influencia os confrontos, mas não é determinante.
Lutadores fora do top 5 já disputaram cinturões, enquanto outros, mesmo bem ranqueados, esperam por meses. Fatores como carisma, nacionalidade e potencial de venda de pay-per-view têm peso semelhante ao desempenho dentro do cage.

Contratos, bônus e quanto os lutadores ganham
Cada atleta do UFC assina um contrato com número de lutas e valores pré-definidos, incluindo bônus por vitória. Além disso, há prêmios por performance e luta da noite, que variam de evento para evento.
Os valores podem variar drasticamente entre iniciantes e grandes estrelas. Lutadores populares, como Conor McGregor, negociam fatias do pay-per-view, o que pode multiplicar seus ganhos em milhões de dólares por combate.
O papel do Dana White e dos executivos
Dana White é o rosto do UFC, mas a organização é controlada por um conglomerado maior (Endeavor). White atua como presidente, definindo decisões estratégicas e representando o evento publicamente, mas ele não age sozinho.
Nos bastidores, há uma equipe jurídica, de marketing, finanças e produção que garante que o UFC funcione como uma máquina bem ajustada — desde a logística dos eventos até a aprovação de contratos e promoções.

Como os eventos são organizados
Cada evento do UFC exige um planejamento de meses, envolvendo a escolha da cidade, negociação com arenas, logística de viagens e exames médicos. Os eventos numerados (como UFC 300) costumam ter maior investimento e visibilidade.
Além disso, há as lutas em centros de treinamento como o UFC Apex, em Las Vegas, usadas para eventos menores ou durante períodos de restrição sanitária, como ocorreu durante a pandemia.
Dica: o UFC é espetáculo, esporte e negócio ao mesmo tempo
Por trás das luvas e cinturões, o UFC é uma empresa global que une performance atlética com entretenimento e estratégia de mercado. Entender isso ajuda o fã a acompanhar o esporte de forma mais crítica, valorizando tanto o talento dos lutadores quanto os bastidores que fazem o show acontecer.
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