Corinthians tem R$ 20 milhões penhorados pela justiça e pode atrasar salários
Motivo é uma dívida relacionada a Pixbet, sua antiga patrocinadora com a qual o clube rompeu contrato no início de 2024.
Já não bastassem todos os problemas institucionais que o Corinthians enfrenta no momento, inclusive com possibilidade de impeachment do seu presidente, o clube ainda viu a justiça penhora cerca de R$ 20 milhões da suas contas.
O motivo é uma dívida relacionada a Pixbet, sua antiga patrocinadora com a qual o clube rompeu contrato para assinar com VaideBet, que posteriormente rompeu contrato com o time paulista.
A decisão, que inicialmente permanecia em sigilo, foi divulgada na última quarta-feira e levantou questões sobre a situação financeira e contratual do clube.
Um total de R$ 19.279.251,28 foi bloqueado de contas do Corinthians, que acumulavam uma dívida superior a R$ 21,4 milhões.
A operação afetou cinco contas do clube em diversas instituições bancárias, com a maior parte, cerca de R$ 12 milhões, bloqueada em contas na Caixa Econômica Federal, destinadas ao financiamento da Neo Química Arena.
A penhora judicia do Corinthians
A penhora das contas do Corinthians está relacionada a um litígio contratual com a Pixbet. A casa de apostas foi substituída pelo Corinthians em janeiro de 2024 por outro patrocinador do mesmo ramo, a VaideBet.
O rompimento com a Pixbet gerou uma dívida que ultrapassou R$ 44 milhões, motivando a ação judicial.
As partes haviam chegado a um acordo para parcelamento do montante total até 2025, mas o clube não teria honrado as parcelas combinadas.
O advogado representante da Pixbet, Nelson Willians, criticou a postura da diretoria do Corinthians, alegando que o clube tem evitado cumprir suas obrigações creditícias, o que compromete a confiança dos parceiros comerciais.
Ele também ressaltou a confiança na justiça para garantir a execução dos contratos e acordos judiciais.
Impacto financeiro para o Corinthians
A penhora representa um desafio significativo para as finanças do Corinthians, principalmente considerando a destinação dos valores bloqueados.
Os recursos da Caixa Econômica Federal estavam destinados ao pagamento do financiamento de sua moderna arena, a Neo Química Arena. Esse tipo de bloqueio pode afetar, por exemplo:
- Planejamento financeiro do clube a curto e médio prazo;
- Investimentos em contratações de jogadores;
- Negociações e manutenção de outras parcerias comerciais.
O futuro das relações contratuais do clube
Para o Corinthians, a situação atual impõe a necessidade de uma revisão detalhada de suas práticas de gestão e relações contratuais.
As críticas levantadas publicamente pelo advogado da Pixbet sugerem que outros contratos podem exigir uma vigilância maior.
A resolução desse imbróglio judicial poderá definir a confiança e a reputação do clube entre futuros parceiros comerciais.
No momento, o clube preferiu não se pronunciar oficialmente sobre a decisão judicial, mantendo-se reservado quanto aos próximos passos.
Lições com o episódio
Este caso insere mais um capítulo nas complexas relações entre desporto e negócios.
A situação do Corinthians serve como alerta para outros clubes e organizações esportivas, evidenciando a importância da transparência e da precisão na execução de contratos e acordos.
Também ressalta o papel crítico do judiciário em supervisionar o cumprimento dessas obrigações e ajudar a preservar a estabilidade e a equidade no universo do esporte.
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