“Aceitaram a proposta”, diz Biden sobre cessar-fogo entre Israel e Hezbollah
"Boas notícias vindas do Oriente Médio", escreveu o presidente dos Estados Unidos no X
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta terça-feira, 26, que Israel e o grupo terrorista do Hezbollah, do Líbano, aceitaram o acordo de cessar-fogo.
“Hoje tenho boas notícias para relatar do Oriente Médio. Falei com os primeiros-ministros do Líbano e de Israel. E tenho o prazer de anunciar: Eles aceitaram a proposta dos Estados Unidos de acabar com o conflito devastador entre Israel e o Hezbollah“, escreveu no X.
No mesmo dia, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou a solicitação encaminhada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para o término do conflito com o Hezbollah.
Em discurso feito televisionado, Netanyahu não entrou em detalhe sobre a duração do acordo. O primeiro-ministro ainda enviou um alerta caso o Hezbollah não cumpra o que foi combinado:
“Se o Hezbollah violar o acordo e tentar se rearmar, nós atacaremos”, acrescentou. “Se tentar reconstruir a infraestrutura terrorista perto da fronteira, nós atacaremos. Se disparar um foguete, se cavar um túnel, se trouxer um caminhão com mísseis, nós atacaremos.”
“A cada violação, responderemos com força”, continuou. “Um bom acordo é aquele que é aplicado, e nós o aplicaremos.”
Por que Netanyahu está disposto a aceitar o cessar-fogo?
Segundo o primeiro-ministro israelense, há três motivos para Israel aceitar o cessar-fogo: focar na ameaça iraniana, permitir que as tropas descansem e reabasteçam os estoques de armas e isolar o Hamas.
“Com o Hezbollah fora de cena, o Hamas fica sozinho na campanha. Nossa pressão vai aumentar”, afirmou, alegando que a decisão permitirá a Israel levar os reféns de volta para casa.
Sem mencionar o governo Biden, Netanyahu disse que “houve atrasos, e grandes atrasos, em remessas de armas”.
“E esse atraso será liberado em breve”, acrescentou, insinuando o retorno de Donald Trump à Casa Branca.
O que os EUA esperam de um cessar-fogo no Líbano?
Mais cedo, ao participar de uma reunião com o G7, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o acordo de cessar-fogo no Líbano seria importante para garantir o fim da guerra em Gaza.
“Uma das coisas que o Hamas buscou desde o primeiro dia foi colocar outros na luta, criar múltiplas frentes. E enquanto [o Hamas] pensou que isso era possível, essa é uma das razões pelas quais se conteve em fazer o que era necessário para acabar com o conflito”, afirmou.
“Se vir que a cavalaria não está a caminho, isso pode incentivá-lo a fazer o que for preciso para acabar com este conflito”, completou.
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