O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke
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O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke

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Madeleine Lacsko
4 minutos de leitura 06.11.2024 21:17 comentários
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O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke.

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Madeleine Lacsko
4 minutos de leitura 06.11.2024 21:17 comentários 8
O retorno triunfal de Trump e a humilhação da militância woke

Há algo de fascinante, quase tragicômico, na forma como as elites progressistas dos últimos anos se posicionam como sinônimos de democracia, virtude e justiça social. “Nós somos a democracia”, proclamam. Mas qualquer força política que se autointitule dona desse conceito está, na verdade, cavando sua própria cova. Democracia não aceita monopólios, nem mesmo o da virtude.

Os chamados woke, que dominam o debate público nas elites progressistas, não são apenas autoritários, são insuportáveis. A tentativa de encapsular as minorias numa “senzala ideológica” onde todos devem marchar no mesmo ritmo e repetir o mesmo discurso não só é um fracasso estratégico como uma traição à própria ideia de diversidade.

Negros, latinos, mulheres, gays e trans precisam pensar igual. Quem define como pensar? A panelinha de sempre. O clube do “todEs”, liderado por militantes que se comportam como meninas más de colégio rico, armadas com seus gritos de “racista!”, “fascista!”, “homofóbico!”. Quem ousa desviar minimamente do script é cancelado sem piedade.

E foi precisamente essa postura que levou o woke ao chão – humilhado, debochado e ignorado – nas eleições mais recentes dos Estados Unidos. Donald Trump não só sobreviveu ao apocalipse moral que previram, como expandiu seu eleitorado em minorias que, ironicamente, os progressistas juravam representar. O aumento do voto latino para Trump é um tapa na cara de quem achava que podia determinar o que cada grupo deveria pensar.

E as elites não entenderam nada. “Como pode alguém votar no Trump?” Essa pergunta, repetida em tom de indignação por muitos, revela mais sobre a incapacidade cognitiva de quem a formula do que sobre as escolhas do eleitorado.

Eis o ponto: você pode não gostar de Trump, mas precisa ser intelectualmente honesto para entender por que alguém vota nele. Se você não consegue, é porque está tão preso à sua bolha de virtude que prefere acreditar que o mundo é burro ou manipulado. É mais fácil culpar fake news ou a “maldade inerente” das pessoas do que encarar o fato de que, talvez, o problema seja você.

A obsessão identitária que contaminou o progressismo fez com que minorias fossem vistas não como indivíduos com vozes próprias, mas como blocos homogêneos que devem seguir o dogma imposto pelos iluminados do woke. É um projeto autoritário disfarçado de empatia. E o mais irônico? Quem mais odeia os woke são as próprias minorias que eles dizem defender.

O partido democrata deu espaço demais para essa maluquice e agora paga o preço. A Kamala Harris até que tentou, manteve distância do todEs na campanha. Mas a torcida, ah, a torcida é um desastre. Os woke funcionam como aquele fã-clube tóxico que arruína a imagem de qualquer famoso. Eles acham que estão salvando o mundo, mas estão apenas arrancando a soco espontaneidade das pessoas em nome de uma suposta virtude coletiva.

E, quando os resultados vêm, a surpresa é inevitável. Eles não percebem que são odiados. Que suas posturas são vistas como arrogantes, condescendentes e absolutamente insuportáveis. A resposta para o desastre? Trocar o povo. Se o povo não concorda com eles, o problema é o povo. Eles nunca têm culpa. Afinal, possuem o monopólio da virtude. Se estão sendo rejeitados, só pode ser por fake news, manipulação ou pela maldade intrínseca do outro.

E então devemos cancelar o woke? Não defendo que sejam cancelados, eles têm o direito de falar e de viver segundo seu sistema de crenças como qualquer seita. Defendo que sejam reconhecidos pelo que são: uma seita radical de filhinhos de papai que confundem militância com bullying. Eles podem existir, podem gritar seus “todEs” à vontade. Só não podem ser levados a sério. Não mais.

O que vimos nos Estados Unidos não foi só uma vitória de Donald Trump. Foi o maior tombo do woke. Uma humilhação pública. Quem sabe, um marco para uma mudança de ventos. Ninguém aguenta mais ser julgado por meninas más de colégio rico fantasiadas de militantes.

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Madeleine Lacsko

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Comentários (8)

Marcelo José Dias Baratta

10.11.2024 01:29

É só um modismo, daqui a pouco passa, não tem consistência nenhuma, aí virá uma outra onda, estejamos certos disso, Vive-se de modismos, a atual geração é líquida, não tem solidez alguma, se apega fácil ao que é vazio.


Isabela Correa

08.11.2024 07:35

Mada é maravilhosa!!


Suely Racy

07.11.2024 23:40

A cultura woke tem pouquíssima aderência das pessoas que são comuns que são a maioria. Ninguém quer saber dessa cultura.


REJANE MORAES REGO

07.11.2024 12:55

Parabéns, Madeleine! Não é de hoje que você alerta sobre a militância woke tragando a esquerda e as pautas que realmente importam


Ademir Fenicio

07.11.2024 12:13

ganhou mané, nósx perdemosx.


ale

07.11.2024 07:48

Parabéns Madeleine, excepcional, muito bom!!!


Marcilio Monteiro De Souza

07.11.2024 07:36

Excelente texto. Mada. Parabéns!


Murillo Bueno Bran Junior

06.11.2024 23:13

Excelente 👏👏👏


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