La Niña: Atualizações para novembro e impactos no clima mundial
Globalmente, a La Niña costuma provocar uma queda nas temperaturas médias planetárias, contribuindo momentaneamente para atenuar as tendências de aquecimento.
A chegada do La Niña em 2024 é aguardada com bastante ansiedade pelos meteorologistas, contudo, o fenômeno climático ainda não foi oficialmente declarado pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), apesar de uma notável presença de águas mais frias do que a média no Oceano Pacífico Equatorial.
Esta condição sugere uma possível evolução para La Niña, mas falta atender aos critérios específicos exigidos pela NOAA para uma confirmação formal do fenômeno.
No intervalo recente, a anomalia de temperatura das águas do Pacífico tem se mantido em um patamar considerado neutro, com médias que se aproximam dos níveis que poderiam caracterizar o fenômeno.
Entretanto, o comportamento dos ventos alísios e os padrões de precipitação na região ainda não indicam uma mudança definitiva para La Niña, trazendo incertezas sobre a efetiva ocorrência deste fenômeno nos próximos meses.
Probabilidades de ocorrência da La Niña
Segundo as últimas projeções da NOAA, para o trimestre de outubro a dezembro de 2024, há uma probabilidade de 71% de ocorrência do fenômeno.
Essa probabilidade aumenta levemente para 75% no trimestre seguinte, de novembro de 2024 a janeiro de 2025.
No entanto, conforme o ano avança, as chances de Neutralidade Climática aumentam, especialmente a partir de fevereiro a abril de 2025, onde a probabilidade de estado neutro é maior do que a de La Niña, enquanto a chance de El Niño permanece mínima ao longo do período.
Impactos de La Niña no clima do Brasil e do mundo
A La Niña não afeta apenas o Oceano Pacífico; suas influências se espalham globalmente, alterando padrões climáticos regionais.
No Brasil, por exemplo, seus efeitos variam. No Sul, há geralmente uma redução das chuvas e aumento de estiagens, enquanto o Norte e o Nordeste podem ver chuvas mais frequentes e intensas.
Globalmente, a La Niña costuma provocar uma queda nas temperaturas médias planetárias, contribuindo momentaneamente para atenuar as tendências de aquecimento.
Agências meteorológicas de olho no La Niña
A avaliação e a declaração de La Niña podem variar entre diferentes agências meteorológicas.
Por exemplo, enquanto a NOAA nos Estados Unidos utiliza um critério de anomalia de temperatura de -0,5°C para identificar La Niña, a Agência de Meteorologia da Austrália adota um critério mais rigoroso, exigindo uma anomalia de -0,8°C.
Esta diferença metodológica gera variações nas declarações oficiais entre países, ainda que reconheçam os impactos gerais semelhantes do fenômeno.
Clima nos próximos trimestres
Embora a NOAA tenha projetado altas probabilidades para o fenômeno, a MetSul Meteorologia mantém uma perspectiva cautelosa, acreditando na continuidade do estado de neutralidade no curto prazo.
Essa incerteza quanto à confirmação influencia preparativos locais e regionais para eventos climáticos extremos, como secas e enchentes, que podem ocorrer independentemente do status formal da La Niña, especialmente em regiões vulneráveis.
Em resumo, o fenômeno desempenha um papel significativo na modulação climática global, com impactos distintos dependendo da localização geográfica e das condições climáticas específicas regionais.
A vigilância contínua e a análise detalhada de dados meteorológicos são essenciais para preparar adequadamente as populações para suas possíveis consequências.
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Fonte: MetSul Meteorologia
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