Crusoé: Unifil responsabiliza Hezbollah por ataque com foguete no sul do Líbano
Disparado do norte, o foguete atingiu uma oficina de veículos da força da ONU, provocando ferimentos leves em soldados
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês) apontou o Hezbollah como provável responsável pelo ataque com foguete sofrido na sua sede em Naqoura, no sul do Líbano, nesta terça-feira, 29.
Disparado do norte, o foguete atingiu uma oficina de veículos da força da ONU, provocando ferimentos leves nos soldados que não estavam em bunkers.
“Esta tarde, um foguete atingiu a sede da UNIFIL em Naqoura, incendiando uma oficina de veículos. Os soldados da paz não estavam em bunkers no momento. Enquanto alguns soldados da paz sofreram ferimentos leves, felizmente ninguém ficou gravemente ferido.
O foguete foi disparado do norte da sede da UNIFIL, provavelmente pelo Hezbollah ou um grupo afiliado. Abrimos uma investigação sobre o incidente”, afirmou a Unifil no X.
Em recado ao grupo terrorista libanês, a missão lembou que seu papel é “garantir a segurança do pessoal e da propriedade da ONU”.
“Qualquer ataque deliberado a eles é uma grave violação do direito internacional humanitário e da Resolução 1701”, disse.
O Ministério da Defesa da Áustria informou que oito soldados austríacos que integram a força de paz no Líbano foram atingidos no ataque.
“Condenamos este ataque da forma mais forte possível e exigimos que seja investigado imediatamente”, disse o ministério em um comunicado.
Unifil tem medo do Hezbollah
Como mostrou Crusoé na reportagem “Sai da frente, ONU”, a Unifil não faz nada contra o Hezbollah porque tem medo.
Os 10 mil soldados de 50 países, incluindo o Brasil, que integram essa força sabem que seriam triturados caso aparecessem no caminho do Hezbollah.
“Basicamente, eles não têm vontade de fazer alguma coisa. Eles têm medo do Hezbollah, que simplesmente os mataria se tentassem algo. Há muitos casos de xiitas libaneses e terroristas do Hezbollah atacando as forças da Unifil. Então, eles estão lá, mas não fazem nada”, disse o escritor israelense Adi Schwartz, autor do livro A Guerra do Retorno, sobre a UNRWA.
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