O vice-presidente do PT no Distrito Federal, Wilmar Lacerda, foi preso pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 25, acusado de crime de violência sexual contra duas adolescentes, uma de 13 e outra de 17 anos.

Segundo a executiva estadual do partido, Lacerda já foi afastado cautelarmente de suas funções “até que se esclareçam os graves fatos noticiados pela imprensa”. A sigla declarou que vai garantir a Lacerda “o exercício do direito de defesa nas instâncias competentes”.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Vara Criminal do Itapoã, região administrativa distante aproximadamente 30 quilômetros de Brasília. O caso está em segredo de Justiça. Em nota, segundo o G1, a defesa do petista declarou que o mandado de prisão preventiva foi alicerçado em “equivocadas premissas e em fantasiosas deduções elásticas”.

Segundo informações do G1, Lacerda foi preso quando estava na entrequadra da 204/205 Sul após ser abordado por três policiais. O celular do político também foi apreendido.

O caso causou constrangimento em vários petistas no DF. O líder do PT na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Chico Vigilante, por exemplo, foi obrigado a emitir uma nota defendendo publicamente o afastamento do petista.

“Reitero meu compromisso em lutar contra qualquer tipo de crime que viole os direitos humanos, e ressalto que é fundamental que o processo judicial seja conduzido de forma justa e transparente, assegurando a apuração completa dos fatos”, disse Vigilante por nota.

A prisão de Lacerda fez parte da 3ª fase da Operação Predador, que mira uma organização criminosa especializada em crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Em 29 de agosto, essa operação prendeu um empresário de 61 anos. Na época, segundo a Polícia Civil, esse empresário “aliciou e abusou de várias adolescentes, a maioria com 12 e 13 anos de idade. Uma das vítimas, atualmente com 16 anos de idade, sofria violência sexual desde os 13 anos”.

“O autor paga suas vítimas (adolescentes) pela prática de sexo, chegando a dar 1000 reais para meninas sem experiências sexuais. Além de dinheiro, o autor também dava presentes e organizava festas com as garotas”, disse a Polícia Civil sobre o caso anterior.