Enquanto o partido Democrata mobiliza ícones da música, como Beyoncé e Bruce Springsteen, para promover Kamala Harris na reta final da campanha presidencial nos Estados Unidos, o republicano Donald Trump enfrenta também a oposição de outra classe da indústria do entretenimento americano: os atores pornôs.

O grupo Artist United for Change, que representa atores de filmes adultos, já investiu mais de 1 milhão de reais em anúncios para promover a campanha #HandsOffMyPorn (Tire as mãos do meu pornô, em tradução livre) e mobilizar os eleitores jovens a não votarem no ex-presidente em 5 de novembro.

O objetivo é impedir a execução do Projeto 2025. Elaborado por aliados e ex-integrantes do governo Trump, o documento defende que “a pornografia deve ser banida e que as pessoas que a produzem e distribuem devem ser presas”.

“Se você se importa com o entretenimento adulto, se você consome ou cria entretenimento adulto, você tem que votar contra”, disse a atriz pornô Siouxsie Q à agência de notícias AFP.

O público-alvo da campanha é formado por homens, que consomem quatro vezes mais pornografia do que as mulheres, segundo o Institute for Family Studies.

Em maio, Trump foi condenado por esconder do registro de gastos da campanha de 2016, quando foi eleito presidente dos EUA, uma transferência de 130 mil dólares à ex-atriz pornô Stormy Daniels para que ela não revelasse o suposto caso extraconjugal que teve com o então presidenciável.

Trump passa Kamala em duas projeções

Como mostramos, pelo menos duas projeções apontam a vitória de Trump nos EUA.

A da revista britânica The Economist colocou o ex-presidente dá 54 chances em 100 de uma vitória de Trump. Kamala Harris, do Partido Democrata, tem 45 em 100 chances. Segundo a Economist, muitos indecisos e independentes estão escolhendo Kamala. Ao mesmo tempo, pessoas que já tinham uma inclinação pelo Partido Republicano estão declarando voto em Trump.

Dos 538 votos do Colégio Eleitoral, Trump tem chances de conseguir 276 — seis a mais que o número mínimo de 270.

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