Marçal conseguiu de novo; só se fala dele
Afastam-se dos estádios os torcedores brigões. Banem-se dos voos os passageiros inconvenientes. Por que manter Marçal nos debates?
Que dias tristes, não? Como a maior cidade da América do Sul, uma das maiores economias do mundo, uma metrópole vibrante, celeiro do que há de melhor no Brasil pode ter sido capturada pela baixeza e baixaria políticas de Pablo Marçal?
O comportamento de Datena, é melhor? Talvez, ainda que anos-luz distante do que podemos qualificar como sendo bom. Mas Marçal é tão ruim, tão medíocre, tão desqualificado como candidato, que o apresentador de TV o supera.
E Ricardo Nunes, o atual prefeito, idem. Longe do aceitável, ao menos sob parâmetros mais rigorosos, mas bem ou mal administra a capital paulista. E, bem ou mal também, consegue se apresentar publicamente e debater propostas de governo
Tiro, porrada e bomba
Já Guilherme Boulos, a despeito de suas bandeiras ideológicas retrógradas, a defesa de regimes ditatoriais e seu envolvimento com a ocupação de propriedades públicas e privadas (sem decisão judicial), tem lá suas aptidões políticas.
Dentre os candidatos a prefeito de São Paulo, com alguma chance de sucesso, temos ainda Tabata Amaral, a única que merece ser chamada de “candidata com C maiúsculo”, gostem ou não de suas ideias, sua inexperiência etc.
Mas Marçal, não. Não tem nada! Desde o começo investiu na baderna e na violência como métodos. Ou melhor, como marketing – político e pessoal. E deu certo. Ganhou tamanha visibilidade que, temo, não tenha volta e ainda possa crescer.
Futuro sombrio
Esse rapaz se alimenta do ódio e surfa no caos. Em ambiente civilizado, não consegue nem sequer respirar. Por isso leva os debates para o campo das ofensas e agressões – agora físicas. É onde se sai bem e vence os adversários.
Temo muito pelo futuro político de São Paulo. Nenhum destes candidatos é capaz de destruir a cidade. O mundo não irá acabar, inclusive se Pablo Marçal vencer. Mas as próximas eleições já estão comprometidas e, aí sim, tudo tende a piorar.
Não se mata um gigante como SP de um dia para o outro, mas aos poucos. Pablo Marçal é o vírus inoculado que já se alastrou. Agora, resta conter os danos, se é que dá tempo. Um bom início seria o afastar dos próximos debates e entrevistas. Chega. Já deu.
Afastam-se dos estádios os selvagens brigões. Banem-se dos voos os passageiros inconvenientes. Proíbem-se em certos locais quem se veste de forma inadequada. Retiram-se de eventos as pessoas com mau comportamento. Por que manter Marçal nos debates?
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